A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul vai pagar R$ 232 mil ao cartunista Victor Henrique Woitschach, mais conhecido como Ique, pela confecção da polêmica estátua do poeta Manoel de Barros. Apesar da obra de 400 quilos estar concluída, o Governo só pagou 50% do valor e o restante ainda está na fase de empenho.
Logo após o contrato ter sido firmado em dezembro do ano passado, o artista recebeu R$ 116 mil para iniciar os trabalhos. No final de abril deste ano, a fundação empenhou mais R$ 115 mil para concluir o pagamento, que ficará R$ 1 mil abaixo do previsto no contrato inicial, assinado por Athayde Nery de Freitas e artista.
A estátua de Manoel de Barros sentado no sofá pesa 400 quilos e mede 1,38 metros de altura. Ela vai ser instalada na Avenida Afonso Pena, entre as ruas Rui Barbosa e 13 de Maio, no Centro, em frente ao Exército.
De acordo com a assessoria do Governo, Ique pensou nos detalhes característicos do poeta, como o relógio no pulso e o dedo indicador torto na mão direita.
Se o dinheiro gasto foi muito ou pouco, vou deixar a critério do leitor. No entanto, a homenagem é justa, porque Manoel de Barros, que morreu aos 97 anos, é o maior poeta do Estado e entrou para a galeria dos grandes no Brasil. O seu centenário foi comemorado em dezembro do ano passado.
Outra causa de debates é que o poeta, sempre discreto, não aprovaria tal homenagem.
A homenagem se junta a estátuas de artistas e músicos famosos, como Vinicius de Moraes e Tom Jobim em Ipanema e Carlos Drumond de Andrade em Copacabana, ambas no Rio de Janeiro.
Ique fez a estátua de Renato Russo na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro e foi inaugurada em 2012.
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