Nesta terça-feira, o Senado deve decidir se mantém o afastamento do senador Aécio Neves, presidente nacional licenciado do PSDB, acusado de corrupção, obstrução à Justiça, entre outros. Os senadores sul-mato-grossense Pedro Chaves (PSC), Simone Tebet e Waldemir Moka, ambos do PMDB, vão dar salvo conduto para o mineiro praticar os crimes, como matar, pedir propina ou integrar organização criminosa?
Autor: Edivaldo Bitencourt
O Governo estadual não tem dinheiro para despesas essenciais, como saúde e educação, mas não poupou gastos com propaganda. De 1º de janeiro de 2015 até neste mês, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) gastou R$ 165,4 milhões com publicidade. Nesta segunda-feira, ele renovou, pela sétima vez, os contratos com 11 agências e prevê gastar R$ 35 milhões em seis meses.
Em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal, o economista Lúcio Bolonha Funaro cita o pagamento de propina milionária ao empresário Ivanildo da Cunha Miranda, que foi o operador do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Além de dividir R$ 9 milhões com cinco integrantes da cúpula do PMDB, ele recebeu R$ 1,5 milhão em propina.
As maiores economias mundiais e os países mais desenvolvidos só chegaram ao atual patamar após investir pesado em educação. No Brasil, todo mundo sabe disso, a sociedade e os nossos políticos. No entanto, como acontece em Mato Grosso do Sul e na Capital, a educação só tem importância na campanha eleitoral.
Mais um contrato firmado há cinco anos, na gestão do irmão, Nelsinho Trad (PTB), foi aditivado pela quarta vez pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD). Desta vez, a contemplada com aumento de R$ 5 milhões foi a Equipe Engenharia, que foi denunciada por fraude na operação tapa-buracos e teve os bens no início deste mês pela Justiça.
A campanha ostensiva para combater a Aids refletiu na sífilis, que quase desapareceu do mapa do Brasil. No entanto, devido ao relapso da população, que abandonou o uso do preservativo nas relações sexuais, a doença voltou a assustar e o número de casos disparou em Mato Grosso do Sul. A Secretaria Estadual de Saúde já admite surto de sífilis.
Cinco meses após assumir o comando da Operação Lama Asfáltica, a maior ação de combate à corrupção e que envolve poderosos personagens da política estadual, o juiz substituto da 3ª Vara Federal de Campo Grande, Fábio Luparelli Magajewski, entrou de férias e pediu licença para realizar um curso. Agora, a operação que já detectou indícios de desvio de R$ 230 milhões dos cofres públicos em Mato Grosso do Sul vai ser comandada pelo substituto do substituto.
Em 40 anos, a economia de Mato Grosso do Sul evoluiu e a industrialização ganha espaço, apesar dos políticos e da corrupção. Com o 7º melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) entre as 27 unidades da federação, o Estado tem desafios monumentais, como grandes zonas de miséria e pobreza, serviço de saúde precário, ações para destravar o turismo, falta de infraestrutura logística e por fim ao secular conflito entre índios e produtores rurais.
O TCE (Tribunal de Contas do Estado) levou cinco anos para desvendar os “mistérios” envolvendo o então prefeito, Nelsinho Trad (PTB), e a Águas Guariroba. Em abril de 2012, 18 anos antes de vencer o primeiro contrato firmado entre a prefeitura e a concessionária, o petebista decidiu presenteá-la com a renovação antecipada por mais 30 anos.
O ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto é réu mais duas ações penais por lavagem de dinheiro e ocultação de R$ 12 milhões na compra de duas fazendas. A terceira ação penal foi aceita no início deste mês por não declarar R$ 2,8 milhões na construção da mansão no Residencial Damha I, em Campo Grande.