Ex-secretário estadual de Saúde, o deputado federal Geraldo Resende (PSDB) diz que “justiça foi feita” e considera o caso encerrado, sobre ter sido ofendido e acusado pela médica Sirlei Faustino Ratier, em manifestação de negacionistas durante a pandemia de Covid-19. Além de postar uma retração, a bolsonarista tem de pagar três salários mínimos à instituição social.
O parlamentar preferiu dar destaque, em nota divulgada nesta terça-feira (3), aos esforços de enfrentamento e a vitória contra a pandemia como resultado da política de vacinação em Mato Grosso do Sul, no Brasil e no mundo. De acordo com boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, 11.067 moradores de MS perderam a vida para a Covid-19 até início de junho.
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“Como secretário de Estado de Saúde na gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja, consegui reunir esforços com todos os prefeitos e prefeitas, secretários e secretárias municipais de saúde, além de servidores da saúde e de outras áreas, como educação e segurança pública de todo o Estado para combater a mais terrível pandemia dos últimos 100 anos”, relata Resende.
“Essa grande união colocou o Mato Grosso do Sul na liderança em vacinação por oito meses consecutivos, conforme ranking nacional de imunização contra a Covid-19”, informa o ex-secretário.
“A nossa vitória contra a pandemia mostrou o acerto da política de imunização em Mato Grosso do Sul, no Brasil e no mundo, possibilitando que bilhões de vidas fossem salvas no Planeta”, prossegue.
Processo contra bolsonarista
As ofensas da médica Sirlei Faustino Ratier ocorreram durante ato antivacina na Praça do Rádio Clube, no Centro da Capital, em janeiro de 2022, durante a pandemia de covid-19. Na época, Resende era secretário estadual de Saúde. Sirlei e cerca de uma centena de manifestantes se posicionaram contra a vacinação em crianças e divulgaram informações falsas sobre os imunizantes. A médica proferiu ofensas contra Resende e foi processada por ele.
Em fevereiro deste ano, Sirlei Faustino Ratier e Geraldo Resende fecharam acordo em audiência de conciliação no qual a médica deveria publicar em suas redes sociais um texto se tratando das ofensas proferidas contra o ex-secretário de Saúde. A medida foi cumprida dias depois.
Sirlei Ratier também teve de pagar três salários mínimos, em três parcelas, à Associação Cotolengo Sul-Mato- Grossense.
Confira a nota de Geraldo Resende
Em relação as matérias “Médica bolsonarista se retrata por acusar Geraldo Resende de assassino” (Jornal Folha de Dourados) e “Médica bolsonarista alvo da PF é obrigada a fazer retratação por chamar deputado de assassino” (site O Jacaré), venho em público esclarecer que a Justiça foi feita e, portanto, considero o assunto encerrado.
Como secretário de Estado de Saúde na gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja, consegui reunir esforços com todos os prefeitos e prefeitas, secretários e secretárias municipais de saúde, além de servidores da saúde e de outras áreas, como educação e segurança pública de todo o Estado para combater a mais terrível pandemia dos últimos 100 anos. Essa grande união colocou o Mato Grosso do Sul na liderança em vacinação por oito meses consecutivos, conforme ranking nacional de imunização contra a Covid-19.
A nossa vitória contra a pandemia mostrou o acerto da política de imunização em Mato Grosso do Sul, no Brasil e no mundo, possibilitando que bilhões de vidas fossem salvas no Planeta.
Esse resultado levou muitas pessoas, que pregavam uma teoria “antivacina”, a reavaliarem suas posições e concluírem que a ciência é o melhor caminho para o engrandecimento da humanidade. Vacina boa é vacina no braço.
Brasília-DF, 3 de julho de 2024.
Geraldo Resende
Deputado Federal (PSDB-MS)