Com as férias do juiz titular da Vara Criminal de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, o juiz Fábio Henrique Calazans Ramos, de Campo Grande, vai decidir se libera a delação premiada da Operação Tromper aos réus pelos desvios milionários na prefeitura. A defesa de Claudinho Serra (PSDB), acusado de chefiar a suposta organização criminosa, pediu acesso à colaboração.
Em parecer encaminhado à Justiça, a promotora Bianka Machado Mendes, deu parecer pela liberação da delação premiada firmada com o ex-servidor municipal, Tiago Basso da Silva. No entanto, o parecer foi encaminhado um dia antes do início das férias do magistrado.
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Silva entrou de férias no dia seguinte e só retorna ao batente no início de junho deste ano. Titular da 13ª Vara Cível de Campo Grande, Ramos foi designado para assumir a Vara Criminal e decidirá as questões emergenciais da Operação Tromper.
A principal pendência atualmente é a liberação da delação premiada de Tiago Basso para os réus. A delação foi homologada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul porque citou a prefeita da cidade e sogra do vereador, Vanda Camilo (PP).
O Jacaré apurou que o ex-servidor gravou quatro depoimentos com revelações sobre o esquema milionário de desvios comandado por Claudinho Serra. Em três, ele cita empresários, o vereador e servidores que não possuem foro privilegiado e podem, teoricamente, ser liberados para os demais réus.
O 4º vídeo cita Vanda e a liberação depende do Tribunal de Justiça. E a continuidade da investigação depende do novo procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milhan Júnior, porque a chefe do Executivo possui foro privilegiado.
Esse será o primeiro desafio do novo chefe do MPE. Ele poderá retardar a investigação para não prejudicar a reeleição de Vanda Camilo ou seguir a lei, como diz o ditado popular, doa a quem doer.