Após problema de contato para a videoconferência com o Presídio Federal de Mossoró em novembro do ano passado, o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, remarcou o julgamento por financiar e integrar organização criminosa do empresário Jamil Name Filho e mais quatro. As audiências começam no dia 9 de maio com o depoimento das testemunhas de acusação e terminam no dia 11 de julho com o interrogatório dos réus.
Neste processo, conforme a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), são réus, além de Jamilzinho, o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Jerson Domingos, o policial civil Vladenilson Daniel Olmedo, o ex-guarda municipal Marcelo Rios e Cynthia Name Bell.
Veja mais:
Juiz aceita nova denúncia contra conselheiro do TCE, mas não vê provas contra advogados
Com testemunha secreta, Gaeco denuncia conselheiro do TCE e advogados obstruir investigação
Com chefes presos, Operação Omertá II apura plano para matar promotor e delegado
Os advogados Adailton Raulino Vicente da Silva e David de Moura Olindo foram denunciados pelo Gaeco. No entanto, o juiz rejeitou a denúncia e os livrou do processo.
O julgamento começa no dia 9 de maio, a partir das 8h30, com as testemunhas de acusação, que incluem os delegados integrantes da Força-Tarefa da Operação Omertà, como Daniella Kades, João Paulo Sartori e Carlos Delano.
As testemunhas de defesa de Jamil Name Filho vão depor no dia 23 de maio. Ele listou o empresário Jaime Valler, dono do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, e o delegado Fábio Peró, titular do Garras, entre as testemunhas de defesa.
Cynthia Name vai ter como testemunhas o deputado estadual Jamilson Lopes Name (PSDB) e os advogados João Paulo Delmondes, David Moura Olinda e Adailton Raulino Vicente.
Já Jerson Domingos vai contar com o depoimento da irmã, a ex-vereadora Tereza Name, o cunhado, o ex-senador e empresário Pedro Chaves dos Santos Filho, e Leôncio de Souza Brito. Os réus serão interrogados no dia 11 de julho deste ano, encerrando a fase de audiência e instrução.
A denúncia do Gaeco tem como base uma testemunha secreta, que teve o nome preservado. Os promotores acusam o grupo de supostamente armar plano para matar autoridades, como delegado Fábio Peró, titular do Garras, e o promotor Tiago Di Giulio Freire, do Gaeco, e pagar testemunhas para isentarem Name de participação nos crimes investigados na Operação Omertà.