A saída do ex-prefeito Marquinhos Trad e a debandada de seis dos oito vereadores eleitos em 2020 vão implodir o PSD em Mato Grosso do Sul. O partido deve virar nanico e enfraquecer o presidente regional, o senador Nelsinho Trad, que precisa se articular para ter condições de disputar a reeleição em 2026.
O PSD conquistou duas eleições municipais na Capital, em 2016 e 2020 com Marquinhos, e passou de dois para oito vereadores na Câmara Municipal. No entanto, sem o controle da máquina municipal, o partido sofre uma debandada sem precedentes no legislativo.
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Quatro vereadores – Beto Ovelar, Delei Pinheiro, Professor Riverton e Valdir Gomes – já aproveitaram a janela partidária e trocaram o PSD pelo PP da prefeita Adriane Lopes. Outros dois vereadores – Tiago Vargas e Silvio Pitu – também estão de malas prontas para deixar a sigla.
O vereador bolsonarista está dividido entre dois partidos, o PP e o PL de Jair Bolsonaro. Apesar de estar inelegível, Tiago Vargas tem esperança de reverter a decisão na Justiça para tentar um segundo mandato na Câmara. Em 2020, ele foi o vereador mais votado na Capital. Silvio Pitu deve se filiar ao PSDB.
Por enquanto, só devem continuar no PSD os vereadores Junior Coringa e Otávio Trad. Contudo, eles também podem trocar de legenda para não correr risco de não serem reeleitos por causa do quociente eleitoral.
Nos bastidores é dado como certo que o PSD não deverá lançar candidato próprio à prefeitura. O mais cotado, o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, é vice-líder do Governo Eduardo Riedel na Assembleia Legislativa e deverá apoiar o candidato tucano, o deputado federal Beto Pereira. Nelsinho também já teria defendido a mais de um interlocutor que o PSD vai apoiar o candidato do PSDB.