O fim da CPMI de 8 de Janeiro foi marcado por tumulto e confusão envolvendo Soraya Thronicke (Podemos) e Rodrigo Duarte Bastos, assessor do deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL), de São Paulo. O celular do assessor legislativo caiu e atingiu a cabeça da senadora de Mato Grosso do Sul, houver perseguição ao autor da suposta agressão, gritaria e correria pelos salões do Senado.
No calor do momento da confusão, Soraya e a relatora da comissão, Eliziane Gama (PSD), do Maranhã, afirmaram que houve a agressão. “É caso de polícia isso aí. A polícia vai cuidar. Eu recebi um celular de quina na minha cabeça”, disse Soraya a jornalistas, depois de ser atingida.
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Rodrigo proferia palavras contra as senadoras da base aliada do Governo Lula e filmava o grupo, que caminhava em direção à Praça dos Três Poderes para marcar o encerramento da investigação e fazer um ato em defesa da democracia.
O deputado federal Rogério Corrêa (PT), de Minas Gerais, deu um tapa no braço do assessor e o celular caiu, atingindo a cabeça de Soraya.
A repercussão da suposta agressão levou o deputado federal paulista a anunciar a demissão imediata do funcionário. No entanto, com a divulgação de novos vídeos, ele recuou e manteve Rodrigo no gabinete.
O entendimento de Jordy foi o de que o servidor não teve culpa na confusão, pois teve o celular atingido por uma ação de Rogério Correia. Por isso, voltou atrás na decisão de afastar Rodrigo do cargo público no gabinete.
“Sobre o ocorrido nesta quarta-feira (18/10), após entrega do relatório da CPMI do 8 de janeiro, em que a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) foi atingida na cabeça por um aparelho celular, informamos que os fatos estão sendo apurados pela Polícia Legislativa, que tem acesso às câmeras do Senado Federal e é o órgão competente para averiguar o ocorrido. A senadora irá se manifestar somente após a apuração dos fatos”, informou Soraya, por meio de nota.