O coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, Alberto Fraga (PL), do Distrito Federal, criticou o projeto de lei do deputado federal Marcos Pollon (PL), de Mato Grosso do Sul, que prevê porte de armas para vereadores, deputados estaduais e federais.
“Precisamos entender que perdemos a eleição, a política do PT é desarmamentista. Não adianta tentar ficando modificar o estatuto num momento como esse. O porte de armas para deputados e senadores já foi colocado numa lei, mas foi vetado e nós não trabalhamos pra derrubar esse veto. Portanto, apesar de eu concordar com o assunto, eu acho que não é hora”, disse o coordenador da bancada da bala, como é conhecido o grupo, ao jornal O Estado de São Paulo.
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Pela proposta de Pollon, que é coordenador do movimento nacional Proarmas, o porte de arma seria concedido a qualquer parlamentar e não perderia a validade após o mandato.
Fraga concentra sua articulação na Câmara em negociar com o governo Lula a derrubada da restrição ao uso de pistola 9mm. Também foca em manter o entendimento do Executivo, que, quando baixou as novas normas, permitiu que pessoas que compraram as pistolas até dezembro passado continuem com as armas.
O projeto apresentado por Pollon define que qualquer Casa legislativa pode expedir a autorização para o porte de armas, “mediante comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo”.
“Este projeto de lei reconhece a importância dos deputados e vereadores na manutenção da democracia e na tomada de decisões que afetam diretamente a vida dos cidadãos. Ao conceder o porte de armas a esses representantes, busca-se fornecer uma camada adicional de segurança, protegendo-os de possíveis ameaças e, ao mesmo tempo, protegendo os valores democráticos que nossa nação preza”, justifica Pollon no projeto de lei.
No entanto, a proposta não tem o aval de todos os bolsonaristas.