Após aderir formalmente ao Governo Lula (PT) com a indicação do deputado federal André Fufuca para o Ministério dos Esportes e faltando três anos para a eleição, o PP decidiu lançar a senadora Tereza Cristina como candidata a presidente da República em 2026. O partido vai apostar na agenda dos costumes, a principal pauta do bolsonarismo, para pavimentar o nome da ex-ministra da Agricultura.
O Progressistas aderiu formalmente à base petista ao integrar o ministério. De acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), a sigla ainda vai indicar a nova presidente e as 12 vice diretorias da Caixa Econômica Federal.
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Na prática, o PP vai andar em duas canoas – apoiando o Governo Lula no Congresso Nacional e parte atuando como oposição tendo Tereza Cristina como protagonista. Ela deverá percorrer o País para ser a candidata a presidente do Centrão.
O plano de lançar a senadora de Mato Grosso do Sul começou ainda no primeiro semestre com o plano de criar o Instituto Campos, que será presidida pela ex-ministra e terá como papel defender as bandeiras conservadoras.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, Tereza Cristina lançou a “Agenda Central” do PP. No documento, a ex-ministra da Agricultura de Jair Bolsonaro defende pautas conservadoras, como a criminalização do aborto e a valorização da família como “pilar central na formação de indivíduos”.
Segundo o Estadão, a decisão de lançar a candidatura da senadora foi aclamada por gritos de “Tereza, Tereza, Tereza”. Ela é coordenadora da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Senado.
No ano passado, chegou a ser cogitada para compor a chapa de Jair Bolsonaro à reeleição, mas acabou preterida pelo general Walter Braga Netto.