A prefeita Vanda Camilo (PP) exonerou o secretário de Infraestrutura, Carlos Alessandro da Silva, e o chefe de Divisão de Administração, Flavio Trajano Aquino dos Santos. Ambos foram acusados pelo Ministério Público Estadual de fazerem parte de esquema de desvio de dinheiro da Prefeitura de Sidrolândia.
As demissões foram publicadas no Diário Oficial do município desta sexta-feira (25). Ambas exonerações ocorreram a pedido dos envolvidos, porém, dias depois da denúncia formal do MPE resultado da Operação Tromper, por nove crimes, entre os quais corrupção e peculato.
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O secretário de Saúde, Luiz Carlos Alves da Silva, também foi exonerado. Ele foi condenado por improbidade administrativa devido a uma contratação irregular feita pela comissão de licitação da Câmara Municipal, em 2015. Por ser “ficha suja”, não poderia ter sido nomeado para cargo público.
Em votação acirrada, no início deste mês, a Câmara Municipal de Sidrolândia aprovou, por 8 votos a favor e 7 contra, requerimento que solicitava o cumprimento imediato da decisão judicial de afastamento de Luiz Carlos Alves da Silva da pasta da Saúde.
Operação Tromper
A Justiça aceitou a denúncia por nove crimes, entre os quais corrupção e peculato, contra dez pessoas envolvidas no esquema de desvio de dinheiro da Prefeitura Municipal de Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande. Entre os réus estão o secretário municipal de Infraestrutura, Carlos Alessandro da Silva, o ex-chefe de Licitações, Tiago Basso da Silva e empresários do município.
Em despacho publicado em 7 de agosto, o juiz substituto Ricardo Adelino Suaid, da Vara Criminal de Sidrolândia, pontuou que há provas dos crimes cometidos.
Os réus por nove crimes são Ueverton da Silva Macedo, o Frescura, Ricardo José Rocamora Alves, Tiago Basso da Silva, Roberto da Conceição Valençuela, Odinei Romeiro de Oliveira, Everton Luiz de Souza Luscero, César Augusto dos Santos Bertholdo, Milton Matheus Paiva Matos, Carlos Alessandro da Silva e Flávio Trajano Aquino dos Santos.
Na ação penal, os promotores pedem a condenação do grupo à prisão, a perda das funções públicas, ao pagamento de indenização de R$ 350 mil e a suspensão dos direitos políticos. Esta é a primeira denúncia decorrente da Operação Tromper.