O deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) reagiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e saiu em defesa dos médicos antivacina. Ele é contra a punição dos profissionais por propagar fake news para impedir a vacinação da população. “O governo não deve se intrometer na atuação individual de cada médico”, afirmou o parlamentar, que é médico cardiologista.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a ministra anunciou a criação de um grupo de trabalho para combater a proliferação de mentiras sobre a imunização e punir os profissionais envolvidos na publicação de fake news.
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“Condutas criminosas de médicos e de outras pessoas terão de ser punidas, pessoas que vão às redes falar absurdos, que as pessoas vão morrer se tomar a vacina ou ter alguma sequela”, afirmou Nísia. “Eu tive uma reunião com o Conselho Federal de Medicina, que se colocou à disposição para nos apoiar numa campanha pró-vacina. Existem práticas fora do contexto, mas também existem práticas criminosas”, disse.
O anúncio causou a fúria do deputado progressista, que foi um dos críticos da vacina contra a covid-19 em crianças. Para Dr. Ovando, a vacina é experimental e oferece mais riscos aos pequenos do que a própria doença, que matou milhares no mundo.
“Como médico e parlamentar, considero inaceitável a postura da ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao propor punições para médicos antivacina. O governo não deve se intrometer na atuação individual de cada médico. Cabe a nós, profissionais da saúde, tomar decisões embasadas em evidências científicas e no melhor interesse de cada paciente”, postou o deputado na rede social.
“Não é competência do Executivo punir médicos de acordo com sua vontade. Devemos impedir qualquer interferência governamental nos diagnósticos clínicos dos médicos”, defendeu.
A proposta recebeu apoio dos seguidores nas redes sociais.