O deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) lidera a lista dos parlamentares de Mato Grosso do Sul que foram contemplados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até maio de 2023. Ao todo, o Governo Federal empenhou R$ 11,5 milhões em emendas individuais e R$ 86,6 milhões em emendas coletivas da bancada federal para obras no Estado.
Conforme o portal Siga Brasil, Ovando tem garantido R$ 3,3 milhões em emendas individuais; seguido por Dagoberto Nogueira (PSDB), com R$ 2,6 milhões; Vander Loubet (PT), com R$ 2,1 milhões; e as senadoras Soraya Thronicke (União), com R$ 1,6 milhão, e Tereza Cristina (PP), com R$ 1,5 milhão. O senador Nelsinho Trad (PSD) vai receber R$ 300 mil. O deputado Beto Pereira (PSDB) ainda não teve emendas empenhadas neste ano.
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As emendas são referentes a anos anteriores e foram destravadas por Lula após o governo ser derrotado em votação na Câmara dos Deputados. Com isso, parlamentares que assumiram mandato este ano – Camila Jara (PT), Rodolfo Nogueira e Marcos Pollon, ambos do PL, e Geraldo Resende (PSDB) – ainda não foram contemplados.
O mesmo se aplica a parlamentares que tinham mandato, mas não fazem mais parte do Congresso, como os ex-deputados Rose Modesto (União), Loester Trutis (PL), Bia Cavassa (PSDB), Fábio Trad (PSD) e a ex-senadora Simone Tebet (MDB).
Tecnicamente chamada de empenho, a liberação para pagamento significa que o governo federal está reservando e garantindo aquele valor para posterior pagamento. A maior parte desses recursos, porém, ainda precisa ser efetivamente paga.
Dos R$ 86,6 milhões indicados pela bancada federal de MS, R$ 50 milhões são para a construção do entroncamento da BR-163 em Rio Verde, R$ 15 milhões para conservação e recuperação de estradas federais, R$ 10 milhões para construção do anel rodoviário nas BRs 262 e 158 em Três Lagoas, e os R$ 10 milhões restantes são para estruturação do SUS (Sistema Único de Saúde) e custeio de unidades de saúde, além de apoio a projetos.
O governo federal liberou para pagamento, ao longo dos primeiros dias de maio, R$ 1,3 bilhão em emendas parlamentares, segundo dados do Siga Brasil. O valor é equivalente a 81% dos recursos que já foram comprometidos para distribuição em 2023.
A autorização desse montante acontece em meio a novas ofensivas do governo para realinhar apoios no Congresso Nacional e críticas dos parlamentares sobre o descumprimento de acordos. Uma das críticas por parlamentares era justamente em relação à demora em disponibilizar o pagamento de emendas.