A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, e o ministro Luiz Fux também votaram para que os cinco bolsonaristas de Mato Grosso do Sul virem réus por sete crimes pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Já são oito votos pelo recebimento da denúncia.
Só faltam votar os ministros André Mendonça e Nunes Marques, indicados por Jair Bolsonaro (PL) para o STF. Eles têm até segunda-feira (24) para concordar com o relator, o ministro Alexandre de Moraes, ou apresentar voto divergente.
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No momento, a corte analisa o recebimento da denúncia contra 100 pessoas pela invasão e depredação do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto. Inconformados com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eles invadiram os prédios públicos e protestaram.
De Mato Grosso do Sul, Fabrício de Moura Gomes, 45 anos, Djalma Salvino dos Reis, 45, Eric Prates Kobayashi, 40, Fábio Jatchum Bullmann, 41, foram denunciados por invadir o Palácio do Planalto. Já Diego Eduardo de Assis Medina, 35, foi acusado de depredar a sede do Congresso Nacional.
Eles podem ser julgados e condenados a pena de até 29 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelos crimes de associação criminosa, golpe de estado, abolição do estado democrático de direito, dano, dano qualificado e depredação do patrimônio histórico.
Votaram pelo recebimento da denúncia os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Càrmen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux. A corte conta com 10 ministros após a aposentadoria de Ricardo Lewandowski.