Os três conselheiros do Tribunal de Contas do Estado – Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves Barbosa – já colocaram tornozeleira eletrônica, conforme determinou o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça. Alvo da Operação Terceirização de Ouro, denominação da 2ª fase da Mineração de Ouro, eles são investigados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A Polícia Federal deflagrou a operação na quinta-feira (8), mas os conselheiros só passaram a ser monitorados nesta semana. O primeiro a colocar a tornozeleira foi o ex-presidente da corte fiscal, Iran Coelho das Neves. Ele também renunciou ao cargo de presidente na segunda-feira.
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O STJ determinou ainda o monitoramento eletrônico do ex-diretor do TCE, Parajara Álvares Moraes Júnior.
O alvo da investigação é o desvio de dinheiro público por meio do contrato do TCE com a Dataeasy Consultoria e Informática, de Goiás. A empresa recebeu R$ 102 milhões e teria lavado R$ 39,1 milhões por meio do repasse para 38 pessoas físicas e jurídicas.
O ministro Francisco Falcão determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos conselheiros por uma década, entre 2012 e 2022, conforme solicitou o delegado Marcos Damato. A devassa nos dados bancários de Waldir Neves, ex-presidente do TCE, vai ser mais ampla, porque começará no ano de 2009.