Candidata da Federação Brasil da Esperança, Giselle Marques (PT) participou nesta terça-feira (dia 13) de entrevista à FM Capital, destacou o avanço da fome e prometeu valorizar a agricultura familiar. A candidata busca colar os projetos no candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas eleitorais no Brasil, mas segue atrás de Jair Bolsonaro (PL) na preferência do eleitorado de Mato Grosso do Sul.
“Vamos focar na agricultura familiar, 70% do que chega à nossa mesa não vem do agronegócio, que está voltado para a exportação e não mercado interno. O filé do nosso frango quem come, não somos nós os brasileiros. Nós, infelizmente, estamos encarando a pele do frango, que no governo do Lula era descartada, hoje é vendida como iguaria, assim como pé de galinha”, diz a candidata.
Giselle também destacou a importância da Rota Bioceânica, o corredor rodoviário que vai ligar o Estado a portos do Chile. O projeto foi idealizado no governo de Zeca do PT.
“Eu, como ambientalista e como governadora do Estado, quero convidar a população para um debate em relação aos impactos sociais e ambientais da Rota Bioceânica. Justamente porque temos que nos preparar para receber esse projeto, em relação as questões ambientais identificando medidas que possam amenizar esses impactos e, aquilo que não for possível que se faça uma compensação ambiental. Quando falamos das transformações sociais, nós temos que preparar, em especial, nossa juventude para que a mão de obra de Mato Grosso do Sul seja aproveitada nesse processo de consolidação da Rota Bioceânica”, destaca Giselle.
De acordo com ela, em conversa com o candidato Lula (PT), a intenção é recuperar a malha ferroviária, que passa pela aldeias indígenas e assentamentos.
Giselle falou ainda sobre a importância de ser candidata ao governo de MS, num tempo onde a democracia precisa ser preservada.
“Quando vejo um presidente da República ameaçando a não respeitar o resultado das urnas e colocar o sistema sob suspeita, diante disso, eu vejo que eu, como cidadã, como mulher, como mãe, tenho que assumir meu papel. E essa campanha me deixa feliz por levar o projeto, que eu considero o melhor, é o plano de governo em que as pessoas vão voltar a comer pelo menos três vezes por dia, as pessoas podem voltar a ter um lar”, disse a candidata.
Nascida em Campo Grande, Giselle Marques é advogada e tem 54 anos. Ela foi gerente de Controle Ambiental do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e superintendente do Procon-MS. Nas eleições de 2018, Giselle concorreu ao Senado como segunda suplente de Zeca do PT.