No artigo “Governo Bolsonaro: ‘pouca saúde e muita saúva’”, o ensaísta e economista Albertino Ribeiro critica a destruição do meio ambiente e da Amazônia na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Ele o compara com o anti-herói de Macunaíma, livro célebre de Mário de Andrade para retratar o caráter do brasileiro.
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“‘Pouca saúde e muita saúva; os males do Brasil são’. Esta é uma das frases prediletas proferidas pelo herói tupiniquim, frase que continua atual, pois muitas das mazelas daquela época, ainda, corroem o País”, destaca.
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“As saúvas, por exemplo, podem ser os políticos e a mesquinha elite brasileira que continuam causando prejuízos ao Brasil, da mesma forma que as referidas enxameias destroem as lavouras”, afirma Ribeiro.
“Nunca na história da República, os grileiros, madeireiros e garimpeiros ilegais se sentiram tão empoderados. Quase todos os dias chegam relatos de destruição da Amazônia e de áreas de conservação, tudo com o patrocínio das saúvas bolsonaristas”, condena.
Confira o artigo na íntegra:
“Governo Bolsonaro: ‘pouca saúde e muita saúva’
Albertino Ribeiro
Há 100 anos acontecia em São Paulo a Semana de Arte Moderna. O evento aconteceu entre os dias 13 e 17 de fevereiro e teve como objetivo encontrar uma identidade para o nosso País. Um dos expoentes daquele encontro foi Mário de Andrade, escritor brasileiro que conhecia o Brasil como poucos.
Seis anos depois daquela memorável semana de 1922, o mesmo Mário de Andrade publica o livro “Macunaíma” – a estória de um herói que era uma caricatura do Brasil e suas mazelas.
‘Pouca saúde e muita saúva; os males do Brasil são’. Esta é uma das frases prediletas proferidas pelo herói tupiniquim, frase que continua atual, pois muitas das mazelas daquela época, ainda, corroem o País.
As saúvas, por exemplo, podem ser os políticos e a mesquinha elite brasileira que continuam causando prejuízos ao Brasil, da mesma forma que as referidas enxameias destroem as lavouras.
O desmatamento na Amazônia cresceu 57% durante o atual governo. Não muito diferente das saúvas e como verdadeira praga, o governo avança contra as nossas florestas e instituições, passando a boiada como nunca.
Nunca na história da República, os grileiros, madeireiros e garimpeiros ilegais se sentiram tão empoderados. Quase todos os dias chegam relatos de destruição da Amazônia e de áreas de conservação, tudo com o patrocínio das saúvas bolsonaristas.
Interessante é que, logo no início do seu governo, em março de 2019, o presidente da República disse em discurso, em alto e bom som, que ele veio para destruir e não para construir.
Destarte, como podemos constatar, ele está cumprindo o propósito. Contudo, temos no voto a solução para determos a marcha da destruição e da insanidade que está em curso há quase quatro anos.
‘Se o Brasil não acabar com a saúva, a saúva acaba com o Brasil’”.