O ex-presidente Michel Temer (MDB) anunciou, oficialmente, apoio à candidatura a presidente da República de Simone Tebet. Neste sábado, outro cacique histórico do PSDB, o senador José Aníbal, de São Paulo, defendeu o nome da emedebista e ampliou o racha no ninho tucano. De olho no enfraquecimento de João Doria, a senadora vai tentar obter o apoio do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
[adrotate group=”3″]
Nos últimos dias, irritados com a manutenção da polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), políticos decidiram apostar em Simone como o principal nome da terceira via. Até o momento já fracassou a tentativa de emplacar os apresentadores de televisão, Luciano Huck (TV Globo) e José Luiz Datena (TV Bandeirantes), e do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM).
Veja mais:
Aposta para salvar 3ª via, Simone patina e fica entre 0,5% e 1% em novas pesquisas
Crise no PSDB: cacique tucano diz que Simone é o melhor nome para derrotar Lula e Bolsonaro
Eleitores das regiões Sul e Sudeste livram Simone de ficar com 0% em nova pesquisa
O eleitorado também não se empolgou com as opções no momento, como o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Podemos), o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Integração Regional na gestão Lula, Ciro Gomes (PDT), e o próprio Doria.
Na quinta-feira (27), Simone se reuniu com Temer em São Paulo. Denunciado por corrupção no esquema da JBS e por querer comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB) e preso na Operação Lava Jato, o ex-presidente deu o aval para a sul-mato-grossense entrar para valer na disputa da presidência da República.
“Hoje a senadora Simone Tebet, com a conversa que nós tivemos, é candidata pra valer, para levar adiante. A primeira coisa é o candidato a presidente pretender ser candidato a presidente. Ela tem essa disposição e portanto será candidata do partido”, garantiu Michel Temer.
“Ela (Simone) é uma pessoa centrada, que obedece à Constituição, que sabe quais são os critérios constitucionais a serem obedecidos, especialmente aqueles que buscam a pacificação, a harmonia entre os poderes e a tranquilidade dos brasileiros”, defendeu o emedebista
Com o aval de Temer, Simone ganhou força também no PSDB. Depois do senador licenciado Tasso Jereissati, o senador José Aníbal anunciou, neste sábado, apoio à candidatura de Simone a presidente da República. Ele ressaltou que a sul-mato-grossense tem mais condições do que Doria para romper a disputa entre Bolsonaro e Lula.
“Eu não diria que é o único (nome). Estamos entusiasmados com a candidatura da Simone. Ela representa algo novo nesse processo. Não só pelo fato de ser mulher. Ela tem uma compreensão boa da realidade que o país vive hoje e tem ideias para que a gente possa reconstruir o Brasil”, defendeu o tucano, que é figura histórica no tucanato paulista e sangra a candidatura de Doria no seu próprio quintal.
“Para sair da crise e do buraco, o país precisa voltar a crescer, combater as desigualdades de forma mais sustentável. De partida, temos dois candidatos que estão com a preferência do eleitorado. E tem três ou quatro candidatos que estão tentando buscar um caminho. Mas acho que a candidatura da Simone ajuda muito nisso. É uma pessoa que conhece finanças públicas, prioridade do gasto público e tem ideias para nos tirar da crise. Ela tem o que dizer e para diferentes públicos”, afirmou Aníbal ao jornal O Globo.
Com o aval de duas figuras históricas do PSDB, Simone deve se reunir nos próximos dias com Eduardo Leite, o primeiro governador assumidamente gay do País e adversário de Doria nas prévias internas do PSDB. Ela tem expectativa de obter o apoio público do tucano, que não aceitou a derrota na disputa interna para o governador paulista.
Simone e Doria disputam uma briga na lanterna da disputa eleitoral. Ela tem oscilando entre 0,5% e 1%, enquanto o governador tucano patina entre 2% e 3%, dependendo do instituto.
Conforme o Ipespe, em pesquisa divulgada na quinta-feira (27), o tucano tem rejeição de 59% e é conhecido de 90% do eleitorado. A senadora de MS tem rejeição de 35% e conhecimento de 52%.
1 comentário
Pingback: Senadora segue em 1% e caciques do MDB já articulam para tirar Simone para apoiar Lula - O Jacaré