A disputa pela Prefeitura de Dourados conta com dois milionários e dois com toda a riqueza inferior a R$ 100 mil, conforme as declarações feitas à Justiça Eleitoral. Líder das pesquisas, o deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha (DEM), acumula aumento de 212% no patrimônio em seis anos, coincidentemente o período em que virou deputado estadual. Já o vereador Alan Guedes (Progressistas) ficou 71% mais pobre em quatro anos.
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Dos sete candidatos a prefeito, quatro estão na disputa eleitoral pela primeira vez, conforme o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O 2º mais rico do quarteto é o empresário Mauro Thronicke Rodrigues (PSL), primo da senadora Soraya Thronicke, presidente regional da sigla. Ele declarou possuir R$ 2,198 milhões, sendo que a maior parte é em espécie, R$ 900 mil, proveniente da venda de uma fazenda.
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Um erro da Justiça Eleitoral colocou o candidato João Carlos de Souza, o Joca (PT), com o mais rico do País. Conforme o TSE, ele teria patrimônio de R$ 348,8 milhões, ou seja, quase dez vezes a fortuna oficial do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o mais rico no Estado, com patrimônio de R$ 38 milhões.
No entanto, o petista não tem toda esta fortuna. “Apenas ocorreu um erro de digitação, acréscimo de três dígitos ao valor de um terreno que é de (R$) 348 mil. Já foi encaminhado há mais de três semanas a solicitação de correção e o Cartório Eleitoral ainda infelizmente não procedeu a alteração”, informou Joca.
Então, ele teria patrimônio de R$ 659,3 mil, sendo o detentor do 3º maior patrimônio entre os candidatos a prefeito de Dourados. O bem de maior valor é o terreno de 900 metros quadrados, avaliado em R$ 348,8 mil, justamente, onde ocorreu o erro da digitação.
Presidente da Sanesul na gestão de André Puccinelli (MDB) e secretário de Justiça e Segurança Pública no primeiro mandato de Reinaldo Azambuja, Barbosinha conseguiu multiplicar o patrimônio por três entre 2014, quando se elegeu deputado estadual pela primeira vez, e 2020. De acordo com a declaração, a fortuna do parlamentar saltou de R$ 3,187 milhões, há seis anos, para R$ 9,956 milhões.
Em relação a 2018, quando declarou possuir R$ 8,398 milhões, houve variação de 18,5%. Conforme a declaração feita neste ano, o maior patrimônio uma fazenda de R$ 1 milhão, crédito a receber de R$ 1 milhão, imóvel comercial de R$ 900 mil em Dourados e uma casa de R$ 500 mil em Campo Grande.
O principal adversário do democrata, o vereador Alan Guedes teve redução de 71% no modesto patrimônio em quatro anos, de R$ 88.373,87, em 2016, para R$ 25.172,09 neste ano. O bem de maior valor é um veículo Corsa de R$ 14,5 mil. Há quatro anos, ele declarou ter R$ 623 mil em dinheiro. Em 2008, Guedes havia declarado não possuir nenhum bem.
Wilson Matos (PTB), índio terena e candidato da prefeita Délia Razuk (PTB), declarou p0ossuir patrimônio de R$ 194,5 mil, sendo R$ 62 mil referente a uma caminhonete Hilux e R$ 62,1 mil em espécie.
Racib Harb (Republicanos) declarou patrimônio de R$ 35 mil, mais que o dobro em relação a 2012, quando informou ter R$ 15 mil. O candidato do partido dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou possuir dois carros neste ano.
O sétimo candidato é o jornalista Jeferson Bezerra (PMN) declarou não possuir nenhum bem. Há quatro anos, em 2016, ele informou ter R$ 10 mil em espécie.
A disputa em Dourados é definida no primeiro turno. Barbosinha acabou se tornando o candidato de uma grande coalisão após diversos favoritos saírem da disputa, como Marçal Filho (PSDB) e Renato Câmara (MDB). Apesar da rejeição, Délia poderia ir para a disputa com o peso da máquina, mas também acabou optando deixar o caminho livre para o democrata.
No entanto, apesar do respaldo de Reinaldo e de nomes de peso, como a ministra Tereza Cristina, e o primeiro secretário da Assembleia, Zé Teixeira (DEM), o deputado não terá uma disputa com céu de brigadeiro. Há pesquisas em que apontam queda na vantagem sobre Guedes.
Até a abertura das urnas, o douradense promete promover fortes emoções na classe política regional.