O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) defendeu o congelamento dos salários de todos os servidores públicos até o final de 2021. Durante videoconferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com os 27 chefes dos estados e do Distrito Federal, o tucano destacou que o aumento anual médio nos salários dos funcionários estaduais, nos últimos dois anos, foi de 3,9%.
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De acordo com o tucano, houve queda brutal na receita dos estados devido à pandemia causada pelo coronavírus e o momento é de sacrifício. Ele explicou que a maioria dos governadores pediu o veto ao artigo que permitia reajuste nos salários dos servidores públicos, inclusive municipais e federais.
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Apesar dos servidores sul-mato-grossenses não terem tido reajuste salarial no ano passado, Reinaldo afirmou que os salários tiveram aumento médio de 3,9% nos últimos dois anos. Na sua conta, o gasto com pessoal dos municípios cresceu 6,9% por ano.
O governador defendeu ainda a sanção do programa de socorro aos Estados, que prevê o repasse de R$ 60 bilhões em quatro parcelas. Sempre destacando que a decisão cabe ao presidente da República, ele fez um apelo dramático para que a primeira parcela seja paga ainda neste mês, a tempo de garantir investimentos na saúde e para o pagamento de salários.
Reinaldo destacou que houve quebra brutal na atividade econômica, causando crise sem precedentes que atingiu desde a dona de casa, o microempresário até as grandes empresas e indústrias.
Bolsonaro sinalizou, na abertura do encontro, que irá vetar o reajuste de salário para os servidores até o fim de 2021. Ele destacou que a medida será fundamental para os 210 milhões de brasileiros.
Mato Grosso do Sul deverá receber R$ 702 milhões do pacote de ajuda, sendo mais de R$ 600 milhões para gastar livremente, o que inclui pagamento de pessoal. Marquinhos Trad (PSD) sinalizou que pode ter dificuldade para pagar os salários de maio sem o socorro federal.
A decisão representa mais uma má notícia a maior parte dos servidores estaduais. Ontem, a Assembleia aprovou a segunda reforma da previdência proposta por Reinaldo, que eleva a alíquota previdenciária do funcionalismo de 11% para 14%. Atualmente, o percentual maior só é calculado sobre o valor que supera o valor do teto constitucional.
No entanto, a crise não atinge a cúpula do Governo do Estado. Reinaldo, o vice-governador e os secretários tiveram reajuste salarial de 16,37% no início do ano passado, enquanto os servidores tiveram índice zero e a prorrogação do abono de R$ 200.