Famosa pelas avenidas largas, por ter 96,3% dos domicílios em vias com arborização, pela limpeza das áreas públicas e trânsito sem grandes congestionamentos, Campo Grande chega aos 120 anos com muitos motivos para ser amada pelos seus 885.711 moradores, conforme a última estimativa do IBGE.
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“Como não amar Campo Grande? A cidade onde eu nasci, constitui família. Onde nasceram meus filhos e netos. Um lugar onde tenho amigos, irmãos. Onde consegui realizar meus sonhos e agora trabalho para realizar o de muitas outras pessoas”, afirma o prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), no terceiro ano do primeiro mandato.
O amor pela Capital é declarado até pelos adversários. “Eu sou apaixonada e grata por Campo Grande porque Campo Grande foi a cidade que me recebeu, a mim e minha família. Em 85, quando nós chegamos aqui, foi a cidade que deu oportunidade para que eu pudesse estudar, me formar, foi onde tive meu primeiro emprego, onde consegui comprar meu primeiro carro, onde consegui adquirir minha primeira casa. Enfim, aqui tive oportunidade de conquistar amigos, de poder me preparar para vida”, declarou a deputada federal Rose Modesto, natural de Fátima do Sul.
Deputada federal mais votada do Estado no ano passado, ela disputou o segundo turno com Marquinhos e mantém o sonho de ser prefeita nas eleições do próximo ano.
Com seu estilo quase provinciano e IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) de 0,784, considerado alto, a Cidade Morena oferece boa oportunidade de viver uma vida longa e saudável, de ter acesso ao conhecimento e de ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas, como saúde, educação e renda.
Este nível conquistou a carioca Leila Maria Azeredo Santana, que entende de Cidade Maravilhosa, considerando-se que é proveniente do Rio de Janeiro. “Eu gosto da qualidade de vida. É uma cidade bonita, limpa organizada e sem trânsito”, derrete-se a policial federal, que reside por aqui há 11 anos.
Estreante na política neste ano com a segunda maior votação na Capital e uma das principais aliadas do presidente Jair Bolsonaro (PSL), a senadora Soraya Thronicke (PSL) também é só elogios ao município. “Amo Campo Grande porque aqui cresci, casei e formei minha família. Aqui fiz amigos irmãos e sou acolhida com muito carinho pela população”, ressalta a parlamentar.
Proveniente de Jardim, que integra o complexo do ecoturismo do Parque Nacional da Serra de Bodoquena, o pedagogo e técnico em telecomunicações Diomar Antônio Bernal, 36 anos, enxerga o mesmo encantamento em Campo Grande. “(Gosto da cidade) pelas tantas belezas naturais, por ter muito verde e por ser ainda uma capital tranquila”, frisa.
Aliás, para contemplar as aves e bichos do Pantanal, o patrimônio natural da humanidade, o campo-grandense encontra na porta de casa. Papagaios, tucanos, araras, entre outras aves das mais variadas espécies passeiam em toda a extensão dos 8.092,951 quilômetros quadrados e podem ser vistos e ouvidos em qualquer ponto.
Capivaras e jacarés já aprenderam a dividir espaço com a selva de pedra e até fazem sucesso ao acertar a faixa de pedestre. A natureza sempre se mostra radiante com beleza dos lagos e dos parques. O campo-grandense luta para preservar o verde, que lhe dá fama nacional, quando atingir a enigmática cifra de um milhão de habitantes, apesar da destruição planejada e causada pelos ignorantes e sem visão de futuro.
Com 119 hectares de muito verde, dois museus, do Índio e de Arte Contemporânea, o Parque das Nações Indígenas é local favorito dos moradores e o principal cartão postal. “É o local perfeito”, resume Diomar Bernal. “Lá eu encontro o verde, as belezas naturais que eu tanto admiro, pista de caminhada, ciclovia, posso também praticar a patinação”, justifica-se.
“Na verdade são vários, sou apaixonada pelo Parque das Nações Indígenas, de poder caminhar no Mercadão e de ir na Feirona. São lugares, assim, que eu acho extremamente agradáveis de poder estar. E tenho maior orgulho da nossa Capital ter um Parque como das Nações Indígenas, dentro, no centro da cidade, com tanta natureza, onde a gente recarrega as energias”, elogia Rose.
Criada em 4 de maio de 1925, a Feira Central e Turística de Campo Grande funciona há 15 anos na Esplanada Ferroviária. A mais famosa feira da cidade ficou por quase quatro décadas na Rua Abrão Júlio Rahe, mas começou mesmo na Avenida Afonso Pena e passou por outros dois locais.
Um dos principais pontos turísticos, com o tradicional sobá e espetinho com mandioca, a feirona é o local preferido da senadora Soraya. “Adoro a Feira Central, que há 94 anos faz parte da história de Campo Grande. Acolhedora, e de culinária única, é o lugar frequentado por pessoas de todas as classes sociais, onde todos se unem, sem exceção”, destaca.
Já Leila Maria é apaixonada pelo Parque dos Poderes, área de 2,435 milhões de metros quadrados de florestas onde está instalado o centro administrativo e os principais prédios dos órgãos públicos estaduais e federais. “No Parque dos Poderes, eu treino, corro e pedalo nos finais de semanas. Gosto bastante”, garante Leila.
Na contramão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que insiste em desmatar áreas para ampliar os prédios públicos mesmo com recomendação contrária de especialistas, o vice-governador Murilo Zauith (DEM) estuda dar mais condições para as atividades de esporte e lazer no Parque. Ele quer implantar ciclovia e trilhas no Parque Estadual do Prosa.
Já o prefeito da Capital sente-se feliz entre os boleiros. “O lugar que eu gosto é nos bairros, jogando bola com os amigos”, conta Marquinhos, famoso por participar das peladas nos campos de futebol da periferia.
O prefeito a paixão de muitos pela Cidade Morena. “Um lugar de uma natureza exuberante, uma capital, mas que preserva as características de interior, acolhedora, que encanta os que aqui nasceram e os milhares que escolheram nossa Capital para viver. Eu amo Campo Grande porque aqui eu encontro tudo o que preciso pra viver e ser feliz”, conclui.