A inesperada realização de segundo turno elevou os gastos da campanha eleitoral do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que já está com as contas no vermelho em R$ 445,3 mil. Conforme a prestação feita à Justiça Eleitoral, o candidato de oposição, o juiz federal Odilon de Oliveira (PDT) ainda está no azul, com superávit de R$ 188,7 mil.
De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a campanha tucana já gastou R$ 3,685 milhões até o momento, quase meio milhão de reais acima do valor arrecadado até o momento, R$ 3,240 milhões.
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A direção nacional do PSDB repassou R$ 2,5 milhões ao candidato sul-mato-grossense. Além da doação de R$ 100 mil do filho, o advogado Rodrigo Souza e Silva, preso na Operação Vostok, outros três contribuíram com a campanha até o momento.
Reinaldo recebeu ajuda de R$ 150 mil do produtor rural de Maracaju, Roberto de Oliveira Silva Júnior, que repassou R$ 700 mil na campanha de 2014. O ex-reitor da Unaes e empresário João Leopoldo Samways Filho doou R$ 100 mil, enquanto João Wagner Meneghetti, outros R$ 70 mil.
Dos R$ 3,685 milhões gastos, o maior montante, de R$ 650 mil, foi para a produção dos programas eleitorais, e R$ 639,3 mil com materiais impressos. O impulsionamento de conteúdo, uma nova modalidade nesta eleição, teve R$ 240 mil.
A arrecadação e gastos de campanha ao Governo de MS
Junior Mochi (MDB) – superávit de R$ 3,128 milhões
- Arrecadou: R$ 4.882.855,00
- Gastou: R$ 1.754.533,75
Reinaldo Azambuja – déficit de R$ 445,3 mil
- Arrecadou: R$ 3.240.064,00
- Gastou: R$ 3.685.388,95
Juiz Odilon de Oliveira – superávit de R$ 188,7 mil
- Arrecadou: R$ 2.058.976,00
- Gastou: R$ 1.870.254,66
Marcelo Bluma – superávit de R$ 122,4 mil
- Arrecadou: R$ 295.000,00
- Gastou: R$ 172.539,25
João Alfredo – superávit de R$ 20,9 mil
- Arrecadou: R$ 21.594,12
- Gastou: R$ 606,95
Humberto Amaducci – não disponível no TSE
(Os dados são parciais e podem mudar até o prazo final para a prestação de contas. Para o segundo turno, a data final será 17 de novembro)
Por outro lado, a campanha do juiz Odilon arrecadou R$ 2,058 milhões, mas só contratou gastos de R$ 1,870 milhão até o momento. Se manter o ritmo, não vai precisar ficar correndo atrás de dinheiro para quitar as dívidas de campanha quando fechar as urnas no dia 28 deste mês.
O principal doador do magistrado é a direção nacional do PDT, que lhe destinou R$ 2 milhões. O diretório estadual, presidido pelo deputado federal reeleito Dagoberto Nogueira, só repassou R$ 8 mil. O juiz investiu R$ 3 mil na própria campanha.
Dos R$ 1,8 milhão gastos, a maior parte, R$ 574,1 mil, é com serviços de terceiro, enquanto a produção de programas somou R$ 410 mil.
Dos seis candidatos a governador, a situação mais tranquila foi do presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (MDB), que teve R$ 4,882 milhões disponíveis, mas só gastou R$ 1,754 milhão. O emedebista terminou a campanha em terceiro lugar nadando em dinheiro, literalmente, já que teve superávit de R$ 3,128 milhões.
Os números podem mudar até 6 de novembro, quando termina o prazo para a prestação de contas do primeiro turno. Odilon e Reinaldo terão até o dia 17 de novembro. O gasto máximo permitido pela campanha de governador é de R$ 7, 3 milhões nos dois turnos.