A primeira pesquisa do Ibope, divulgada pela TV Morena nesta sexta-feira (24), aponta vitória do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) no primeiro turno. Se as eleições fossem hoje, conforme o levantamento feito em 32 cidades, o tucano teria 39%, contra 24% do juiz federal Odilon de Oliveira (PDT).
Na disputa para o Senado, o ex-prefeito da Capital, Nelsinho Trad (PTB), e o deputado federal Zeca do PT aparecem na frente. No entanto, antes do inicio da campanha eleitoral, surpreende o desempenho dos neófitos na política e o fiasco do tucano Marcelo Miglioli (PSDB).
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Com margem de erro de três pontos para mais ou para menos, o Ibope ouviu 812 eleitores com mais de 16 anos entre os dias 18 e 24 deste mês e foi registrada na Justiça Eleitoral com o número 06269/2018.
De acordo com a pesquisa estimulada, Reinaldo lidera com 39%, seguido por Odilon, com 24%. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Junior Mochi (MDB) surge com 3%, seguido pelo ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci (PT), do advogado João Alfredo (PSOL) e do engenheiro Marcelo Bluma (PV), todos com 2%.
Dos eleitores ouvidos, 17% pretendem anular ou votar em branco, enquanto 11% ainda não sabem em quem votar nas eleições deste ano.
Governador é o candidato mais rejeitado
A pesquisa do Ibope mostra que Reinaldo é o candidato a governador com a maior rejeição, 26% dos eleitores não votariam nele de jeito nenhum. O segundo mais rejeitado é Marcelo Bluma, com 19%.
Em terceiro lugar ficam João Alfredo, juiz Odilon e Mochi, rejeitados por 15%. Amaducci é o menos rejeitado, com 14%.
De acordo com a TV Morena, 6% poderiam votar em qualquer candidato, enquanto 27% não souberam responder.
A sucessão estadual é marcada por acontecimentos, digamos, sinistros. O ex-governador André Puccinelli (MDB), que dividia o pelotão de frente com Odilon e Reinaldo, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça no dia 20 de julho deste ano na Operação Lama Asfáltica.
O MDB ainda teve o baque causado pela senadora Simone Tebet, que desistiu da disputa oito dias após ter o nome homologado na convenção.
Odilon ainda sofre com os boatos espalhados pelos adversários de que deverá desistir da disputa. Até quinta-feira, adversários espalhavam o boato em Três Lagoas.
O Ibope é referência nacional, mas a credibilidade em Mato Grosso do Sul deixa a desejar. Há quatro anos, na véspera do segundo turno, o instituto apontou a vitória do então petista Delcídio do Amaral, com 51%, contra 49% de Reinaldo.
O resultado da eleição, no domingo, foi que Reinaldo ficou com 55,34%, enquanto o ex-senador obteve 44,66%. O resultado ficou muito aquém da margem de erro.
A pesquisa é o retrato do momento, mas nem sempre reproduz a realidade. Se for levada ao pé da letra, mostra que o eleitor não está nem aí para as denúncias de corrupção envolvendo os políticos sul-mato-grossenses.
Tucano não consegue sair dos 3% e perde para novatos no Senado
Na disputa para o Senado, conforme o Ibope, Nelsinho está com 34%, enquanto o ex-governador petista fica com 29%. O terceiro colocado é o senador Waldemir Moka (MDB), com 20%.
O próximo pelotão é puxado pelos novatos, como o procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (PSC), e da advogada Soraya Thronicke (PSL), com 6%. O senador Pedro Chaves (PRB), que desistiu da reeleição, teria 7%. O candidato Mário Cesar (PCdoB) ficou com 4%.
Três candidatos estão empatados com 3%: o advogado Beto Figueiró (PODEMOS), o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli (PSDB) e Thiago Freitas (Patri). Dorival Betini (PMB) tem 2%. Em último lugar estão Anísio Guató (PSOL) e César Nicolati (PTC), com 1%.
O número de eleitores dispostos a votar em branco ou nulo soma 46%, enquanto 34% ainda não sabem em quem votar para senador.
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