A política do PSDB é destruir a administração do presidente da Bolívia, Evo Morales. No entanto, as medidas sacanearam a administração tucana de Reinaldo Azambuja em Mato Grosso do Sul. Ao retaliar o governo populista boliviano, o governo federal reduziu bruscamente a arrecadação estadual com a importação do gás natural.
Desde que assumiu o comando da política externa junto com Michel Temer, o chancelar José Serra vem minando o prestígio popular dos governos de esquerda, como do Nicolas Maduro, na Venezuela, e de Evo, na Bolívia. O primeiro foi expulso do Mercosul.
Do segundo, Serra – com o respaldo do tucano Pedro Parente, presidente da Petrobras – vem reduzindo a receita com a venda de gás para o Brasil. Usando um termo de Azambuja, foi “sacanagem”.
Só que Serra e Parente, usando um ditado popular, miraram o passarinho e atingiram um elefante, ou melhor, um tucano. Com a decisão de reduzir drasticamente a importação de gás da Bolívia, a dupla deixou MS com o pires na mão.
Reinaldo queixou-se que houve queda de mais de 50% na receita do ICMS como gás, de R$ 952 milhões previstos para R$ 436 milhões. Ou seja, o tucano ficará sem R$ 515 milhões para investir em obras e prestação de serviços.
Com a arrecadação do gás em alta, Reinaldo já sofria para manter as contas em dia, não realizou obras de vulto nem concedeu reajuste aos 65 mil servidores. Com a queda brusca, corre o risco de chegar à disputa da reeleição sem ter o que mostrar, com o rosto banhado em lágrimas e apostando num acordão político para ir para um segundo mandato pífio e medíocre.
Já na Bolívia, Evo vive com a popularidade em alta e com respaldo para buscar a brecha necessária para tentar a reeleição pela enésima vez, apesar de ter sido vetada em plebiscito.