A utilização de “bica corrida” para tapar buracos pela gestão de Adriane Lopes (PP) “vai matar gente”, afirmou o ex-secretário municipal de Obras e engenheiro civil, Edson Giroto. Com a experiência de ter comandado a pasta de obras nas gestões de André Puccinelli (MDB) e de Nelsinho Trad (PSD), ele classificou a medida como “negócio de maluco”.
“Sou engenheiro, eu preciso que algum professor ou alguém me explique se bica corrida é para tapar buracos. Oh gente, pelo amor de Deus, isso vai matar gente, não é brincadeira”, alertou Giroto em entrevista à Rádio Top.
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A medida foi adotada pelo secretário municipal de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, para reduzir os custos para o município nos períodos de chuva. Vereadores também criticaram a medida paliativa. O vereador Fábio Rocha (União Brasil) detonou a colocação de “farelo” nos buracos.
Secretário de Obras da Capital e do Estado, Giroto explicou de forma didática o risco que Adriane passou a impor à população com a bica corrida nos buracos. “Uma moto vai escorregar, vai entrar embaixo de um caminhão, vai matar gente”, alertou o ex-secretário.
Ele também avisou que veículos também podem causar acidentes com a pedra quebrando o para-brisa ou atingindo a cabeça de uma pessoa. “Você está doido, está louco, é um negócio de maluco”, detonou o ex-secretário.
Alheia a polêmica sobre o material usado no tapa-buracos, a prefeita Adriane Lopes chegou a comemorar que mais de 18 mil buracos foram tapados desde a retomada da operação.