A Bracell oficializou a opção por Bataguassu ao apresentar o EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental). Com previsão de concluir a obra em três anos, o grupo prevê investimento de R$ 16 bilhões e uma fábrica com duas composições, a primeira com capacidade para 2,9 milhões de toneladas de papel e a segunda com capacidade de 2,6 milhões, sendo 1,4 milhão de toneladas de papel (kraft) e 1,147 milhão de toneladas de celulose solúvel.
O empreendimento de Bataguassu deverá gerar 2 mil empregos diretos e indiretos durante a operação. Isso significa que a empresa elevará em 31% o número de trabalhadores com carteira assinada na cidade. Atualmente, o município conta com 6,2 mil empregos formais, sendo 2,9 mil na indústria, 944 no comércio, 901 no setor de serviços e 801 na administração pública.
Veja mais:
Bracell avalia nova indústria em Bataguassu e MS pode ganhar 7ª fábrica de celulose
Bracell confirma 6ª fábrica de celulose e R$ 25 bilhões vão revolucionar 4ª cidade em MS
Maior fábrica de celulose do mundo, Suzano inicia operação em Ribas e gera 3 mil empregos
No pico da construção, a obra vai contar com 12 mil operários. Além dos trabalhadores de Bataguassu e Santa Rita do Pardo, o empreendimento deverá contar com operários de outras cidades e estados brasileiros. Eles serão acomodados em alojamento com capacidade para 10 mil leitos, sendo divididos em dois de 5 mil e cada bloco com capacidade para 1,2 mil pessoas.
O EIA/Rima prevê a captação de 11 mil metros cúbicos de água por hora do Rio Paraná. O anúncio oficial da fábrica de celulose, a 6ª do Estado, em Bataguassu será feito no dia 6 de maio deste ano.
Inicialmente, a Bracell cogitou construir a fábrica em Água Clara. A segunda unidade seria edificada em Bataguassu. No decorrer dos estudos, a empresa decidiu priorizar Bataguassu e pode abandonar, por hora, a proposta inicial de se instalar em Água Clara.
Esta será a segunda indústria de celulose em construção no Estado. A obra, orçada em R$ 25 bilhões, começou a ser construída pela multinacional chilena Arauco em Inocência. Outras quatro fábricas já estão em funcionando, sendo a Suzano em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas (com duas) e a Eldorado Celulose.