O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou que 23 senadores e um deputado federal visitem o ex-ministro da Defesa e general do Exército, Walter Braga Netto, na prisão no Rio de Janeiro. De Mato Grosso do Sul, o militar receberá a visita dos senadores Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP).
De acordo com o magistrado, a defesa do general, preso desde o dia 14 de dezembro do ano passado, em decorrência da suposta participação na tentativa de golpe de Estado e atentado contra o Estado Democrático de Direito.
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A visita foi solicitada pelo senador Izalci Lucas (PL), do Distrito Federal, e autorizada por Moraes. As visitas deverão respeitar as normas da 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar do Rio de Janeiro, onde Braga Netto está preso. Conforme a decisão, cada congressista terá um dia de visita ao militar.
O ministro Alexandre de Moraes impôs um limite máximo de três visitas individuais por dia. As datas deverão ser definidas de acordo com as normas regulamentares da unidade militar. Fica proibida a entrada de assessores, seguranças, ou da imprensa.
Os visitantes também não poderão entrar na unidade com celulares, equipamentos fotográficos ou qualquer outro dispositivo eletrônico. Não poderá ser feito nenhum registro de imagens dentro da unidade prisional.
Braga Netto foi preso preventivamente em dezembro de 2024, após pedido da Polícia Federal (PF) com parecer favorável da PGR. Ele se tornou réu no STF por suposta participação em tentativa de golpe de Estado. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi aceita pela unanimidade da Primeira Turma, no final de março.
Também se tornaram réus no mesmo julgamento o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros seis ex-integrantes do seu governo. Todos responderão a ação penal pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.