Um dos mentores do esquema de desvios milionário na Prefeitura Municipal de Sidrolândia e réu pelos crimes de corrupção, organização criminosa e fraude em licitações, o empresário José Rocamora Alves, 48 anos, driblou a Justiça e se livrou da tornozeleira eletrônica há pouco mais de dois meses, desde o dia 9 de janeiro deste ano.
Não é a primeira vez que Rocamora dá um baile na Justiça. Ele permaneceu foragido da Justiça por oito meses, entre o dia 21 de julho de 2023, quando foi deflagrada a 2ª fase da Operação Tromper, e 4 de abril do ano passado, quando houve a 3ª fase.
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No final de abril, o empresário foi beneficiado pelo habeas corpus concedido pelo desembargador José Ale Ahmad Neto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que concedeu liberdade mediante monitoramento eletrônico ao ex-vereador Claudinho Serra (PSDB).
No dia 24 de outubro do ano passado, o juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, prorrogou o monitoramento eletrônico dos réus, inclusive Rocamora, por mais seis meses.
Esperto, no dia 9 de janeiro deste ano, José Rocamora Alves procurou o posto da Unidade de Monitoramento Virtual em Paranaíba, onde está morando, e pediu para retirar a tornozeleira eletrônica. Ignorando a ordem judicial, a Agepen desligou o equipamento e comunicou o Poder Judiciário.
Apenas neste na quinta-feira (20), a promotora Bianka Machado Arruda Mendes, tomou conhecimento da “malandragem” do empresário e deu um puxão de orelhas na UMVE. “Assim, observa-se que a AGEPEN foi comunicada quanto à prorrogação da medida de monitoramento eletrônico dos acusados e também no tocante à autorização do pernoite Ricardo, no entanto, procedeu a desativação do aparelho no dia 09.01.2025, sem qualquer razão”, destacou a promotora.
“Em sendo assim, o Ministério Público requer a imediata recolocação do dispositivo de monitoramento eletrônico de Ricardo José Rocamora Alves”, pediu à Vara Criminal de Sidrolândia.
O pedido ainda não foi analisado pela Justiça.