A um ano e sete meses das eleições de 2026, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), denunciado na Operação Vostok, lidera a primeira pesquisa sobre a disputa pelo Senado em 2026, segundo o Instituto Ranking Brasil Inteligência. Cinco nomes disputariam a segunda vaga: o senador Nelsinho Trad (PSD), o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), o deputado federal Vander Loubet (PT), a senadora Soraya Thronicke (Podemos) e o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB).
Lançada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na semana passada, a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), fica na lanterna. A rejeição é liderada por Soraya, que foi eleita na onda do bolsonarismo e passou a ser a principal crítica do ex-presidente.
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Encomendada pela Rede Top FM, a pesquisa ouviu 3 mil eleitores em 30 cidades entre os dias 3 e 15 de março deste ano. Com intervalo de confiança de 95%, a pesquisa tem margem de erro de 1,8%.
Na espontânea, quando o eleitor se manifesta sem a apresentação dos nomes, Reinaldo lidera com 8%, seguido por Nelsinho com 3,3%, pela ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil) com 2,2%, pelo deputado estadual Gerson Claro com 2%, por Vander com 1,2%, por Soraya com 0,90%, Capitão Contar com 0,80%, pelo secretário municipal de Infraestrutura, Marcelo Miglioli (PP) com 0,60%, pelo deputado federal Geraldo Resende (PSDB) com 0,030%, pelo deputado federal Luiz Ovando (PP) com 0,20%.
O levantamento mostra que 80% dos eleitores ainda não possuem nenhum candidato para as duas vagas de senador no próximo ano. Em 2026 chega ao fim os mandatos de Soraya e Nelsinho.
Estimulada
Na estimulada, quando o eleitor opina com base em um disco com os nomes definidos, Reinaldo lidera com 17%, seguido por Nelsinho com 6,3%, por Gerson com 3%, Vander com 2,20%, Soraya com 1,70%, Capitão Contar com 1,50%$, Miglioli com 1%, Geraldo com 0,80%, Gianni com 0,60%, Professor André Luís (PRD) com 0,50 e Dr. Ovando com 0,40%. Brancos, nulos e indecisos somariam 65%.
No quesito rejeição, Soraya lidera com 10,30%, seguida por Capitão Contar com 8,20%, Geraldo com 7,50%, Vander com 6,40%, Dr. Ovando com 5,60%, Nelsinho com 5,20%, Miglioli com 5%, Reinaldo com 4,8% e André Luís com 4%.
Reflexos
O levantamento mostra que Reinaldo, apesar da acusação de ter recebido R$ 67,7 milhões de propina da JBS, é o favorito para uma das vagas de senador em 2026. Ele ainda avalia qual partido já que o PSDB deve sumir do mapa. O ex-governador pode se filiar ao PL de Bolsonaro ou ir pelo partido que surgir da fusão do PSDB com o PSD ou Podemos.
Entre os nomes do PP para ter a benção da senadora Tereza Cristina, o presidente da Assembleia se destaca por ter percentual maior que Miglioli e Dr. Ovando.
Capitão Contar corre o risco de repetir o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PP), que chegou ao segundo turno em uma eleição e teve um desempenho pífio na disputa do Senado na eleição seguinte. Os dois acabaram se queimando ao participar do debate no 2º turno.
Com a direita bastante dividida, Vander conseguiu pontuar apesar do abalo na popularidade de Lula. A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), admitiu que pode disputar o Senado, mas não foi lembrada pelos eleitores nem na espontânea, segundo o Instituto Ranking.
Soraya caminha para uma disputa pela reeleição difícil após surpreender e ser eleita em 2018. Ela se distanciou do bolsonarismo e tenta conquistar os eleitores de centro para continuar no Senado em 2026 e aposta no apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB).