A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a quem chamou de “verdadeiro herói”. Em entrevista a Globo News, a ex-senadora de Mato Grosso do Sul admitiu que “erros na comunicação” do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sugeriu uma linguagem mais simples.
Integrante da equipe econômica da gestão petista, a ministra enfatizou o esforço para se cumprir a meta fiscal de déficit zero.
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“Nós temos que cumprir meta zero e nós vamos cumprir meta zero. Vamos fazer isso com toda responsabilidade. Estamos colocando para dentro do Orçamento aquilo que ficou para fora, seja porque o Tribunal de Contas assim o determinou, e é o certo, seja porque o próprio governo reconheceu, no Auxílio Gás ao Pé-de-Meia, passando por todas as políticas públicas, para garantir essa segurança de que nós vamos cumprir meta da forma correta”, explicou Simone.
Em seguida, a ministra destacou o empenho do ministro da Fazenda em cumprir o Arcabouço Fiscal e equilibrar as contas públicas para reduzir a inflação. “Não tem almoço grátis, não vamos inventar subsídios, não vamos criar fórmulas passadas que não deram certo. Não vamos fazer isso. A equipe econômica tem consciência. O ministro Haddad é um verdadeiro herói nesse sentido, de enfrentar uma resistência do próprio partido. E nós vamos conseguir entregar o Orçamento, uma vez aprovado, cumprindo as regras”, destacou.
Ela concordou com Lula, que tem reclamado publicamente das falhas na comunicação. “O governo está errando na comunicação. Começou a dar passos positivos no sentido certo na forma, mas nós também estamos errando no conteúdo”, analisou. Para a ministra, é necessário usar uma linguagem simples para melhorar a área.
“É ter o diagnóstico certo e usar ele a nosso favor. Linguagem simples. Eu não vou entrar no assunto do Sidônio (Palmeira, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Brasil), a quem aposto todas as minhas fichas. O conheci na campanha quando eu apoiei o presidente Lula no 2º turno, sei da capacidade dele. Na forma é até mais fácil, no conteúdo é muito difícil, ele convencer 37 ministros de que agora tem que dialogar, fazer frases mais curtas, mais simples para dialogar com a população”, sugeriu.