Parceiro O Jacaré – No Dia Internacional da Mulher, celebramos não apenas as conquistas femininas ao longo da história, mas também as trajetórias inspiradoras que moldam um futuro mais igualitário.
Uma dessas histórias é a de Suely Almoas, presidente da Digix, uma empresa que desenvolve softwares para gestão pública e tem se destacado por suas iniciativas em prol das mulheres dentro do setor de tecnologia.
A tecnologia é um dos setores historicamente dominados por homens, mas Suely tem trabalhado ativamente para mudar essa realidade. “Sempre vivi muitos desafios durante todo o meu caminho como mulher e profissional da tecnologia. Para inspirar outras mulheres, faço questão de criar oportunidades para que possam experienciar esse universo. Somos tão capazes quanto os homens e podemos transformar esse ambiente em um setor mais colaborativo, com uma visão mais sistêmica, que é o olhar feminino”, afirma a presidente.
Desde sua infância, Suely sempre teve a educação como um pilar fundamental. Iniciou sua vida profissional aos 14 anos, buscou melhores oportunidades e graduou-se em Ciências Contábeis.
Sua carreira na tecnologia começou como auxiliar de controle de qualidade, evoluindo para analista de sistemas e, posteriormente, fundando a Digix em 2001.
Desde sua fundação, a Digix tem a equidade de gênero como parte de seu DNA. “Nascemos com sete pessoas, sendo quatro mulheres e três homens. Para nós, isso é natural”, ressalta Suely.
Atualmente, a diretoria da empresa reflete esse equilíbrio, com uma presidente mulher e três diretorias compostas por dois homens e mais uma mulher.
Já em relação a composição do time da Digix, as mulheres representam 59% da equipe. Dos 820 colaboradores, 490 são mulheres e 330 são homens.
Outro diferencial da empresa é a implementação de iniciativas voltadas ao bem-estar das mulheres. A empresa oferece jornada de trabalho híbrido, comitê de diversidade e inclusão, espaço gratuito de escuta ativa e acolhimento com psicólogos, um canal de denúncias para situações de assédio moral e sexual, licença-maternidade estendida de 180 dias e, recentemente, implantou a licença menstrual.
Esse benefício foi implementado de forma gradual, garantindo uma transição eficiente e sem impactos negativos. “Levamos nove meses para implementá-la por completo e já estamos há quase dois anos com essa iniciativa em vigor”, explica Suely.
A licença menstrual permite que as pessoas que menstruam possam tirar até dois dias de folga remunerada por mês, sem necessidade de apresentar atestado médico.
Até janeiro de 2025, foram concedidos 1.653 dias de licenças, evidenciando o impacto positivo da medida na qualidade de vida e no bem-estar dos colaboradores.
Esta história é apenas um exemplo de que a determinação e o compromisso com a equidade podem transformar não apenas a própria carreira, mas também o setor em que se atua.
Por meio de sua liderança, Suely exemplifica como a determinação e a liderança podem transformar o ambiente corporativo, promovendo a inclusão e servindo de inspiração para que mais mulheres ingressem e prosperem no setor tecnológico.