As comemorações do Dia Internacional da Mulher, comemorado no próximo domingo (8), deve dar sobrevida a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Os boatos de que a sul-mato-grossense será a próxima a ser demitida passaram a nortear o noticiário e expõem mais um tiro no pé do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desgastado por sucessivos erros de comunicação e decisões administrativas da equipe.
Conforme o Datafolha, a aprovação do petista entre as mulheres despencou de 38% para 24%. As eleitoras foram decisivas na eleição de Lula contra Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. Ao invés de procurar conquista-las, o petista deixa a semana das comemorações ser marcada pela fritura da titular da pasta feminina.
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Desde o ano passado, Cida Gonçalves é alvo do fogo amigo e de fritura no Palácio do Planalto. Na semana passada, a Comissão de Ética da presidência arquivou uma denúncia por assédio moral contra Cida Gonçalves, feita a partir de uma gravação.
A decisão poderia tirar a ministra das Mulheres do foco. No entanto, ao invés de pautar as celebrações com pautas positivas, Lula, em mais uma atrapalhada, deixa a fritura da ministra seguir firme no noticiário.
Nos últimos dias, o petista teria cogitado demitir Cida Gonçalves para substituí-la pela senadora Tereza Leitão (PT), de Pernambuco, para abrir uma vaga no Senado para o partido Republicanos. A outra saída era alocar a atual ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, para dar a vaga para o PSD.
Os boatos suplantaram os esforços de Cida Gonçalves de comandar as ações alusivas ao Dia Internacional da Mulher, principalmente, a campanha contra violência doméstica e o feminicídio.
Lula deve adiar a decisão de exonerar a ministra de MS, mas não suspendeu a fritura da ministra.