A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), reduziu os investimentos em 15,35% no ano passado em relação a 2023 e ampliou os gastos com pessoal em 20,46% e com custeio em 5,79%, segundo o balanço feito pela secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama. Ela acabou tendo êxito com essa política já que conseguiu ser reeleita no segundo turno para mais um mandato de quatro anos.
Conforme o levantamento, o gasto com pessoal saltou de R$ 2,940 bilhões, em 2023, para R$ 3,542 bilhões no último ano. Apesar do acréscimo acima da inflação na folha da pagamento, Adriane manteve a política desde que assumiu a prefeitura e não concedeu reajuste linear ao funcionalismo municipal.
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A prefeita também não cumpriu as decisões judiciais que determinaram o pagamento de adicionais, como o de insalubridade para os profissionais da saúde e de periculosidade para os guardas municipais.
Teve aumento de 5,79% no custeio, que passou de R$ 2,070 bilhões para R$ 2,190 bilhões. No total, a despesa do município cresceu 12%, der R$ 5,6 bilhões para R$ 6,284 bilhões.
Contudo, o investimento em obras teve redução de 20,46%, de R$ 426,6 milhões, em 2023, para R$ 361 milhões no ano passado. O reflexo da redução pode explicar o ritmo tartaruga de algumas obras, como as revitalizações da Avenida Ernesto Geisel e da antiga Estação Rodoviária de Campo Grande.
O outro ponto é a paralisação das obras de pavimentação na maioria dos bairros, que começaram antes da eleição e foram suspensas após a vitória da prefeita no segundo turno.