A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (28) a Operação Lucro Espúrio para cumprir mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fraude e desvio de dinheiro público no restaurante do campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em Três Lagoas. As investigações apontam que, mesmo após o fechamento do refeitório, houve a simulação de entrega de refeição a mais de 100 estudantes.
A 3ª Vara Federal de Campo Grande autorizou a operação após a direção da UFMS suspeitar da fraude, fechar o RU de Três Lagoas, em 24 de fevereiro, e acionar a Polícia Federal. A investigação da PF teve início logo após o fechamento do restaurante e a suspensão de contrato administrativo com a empresa suspeita de fraude e peculato.
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As refeições são subsidiadas pelo governo federal aos alunos que demonstram necessidade, como forma de estimular o estudo universitário.
Dentre os vídeos que constam na denúncia e foram encaminhados pela UFMS, chamou atenção da PF uma filmagem mostrando, que, mesmo após o RU encerrar suas atividades, continuava registrando a disponibilização de várias refeições, como se ainda houvesse alunos no local, com objetivo de superfaturar o contrato e, assim, aumentar ilicitamente o lucro através da apropriação indevida das verbas da instituição.
“As investigações também apontam que, todos os dias, após o fechamento do refeitório, os envolvidos passavam mais de 100 carteirinhas estudantis, simulando que havia alunos adquirindo a refeição subsidiada pela UFMS”, diz a nota da Polícia Federal.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um no campus da UFMS em Três Lagoas e outro na residência de um investigado, no mesmo município. Os policiais apreenderam computadores, celulares e um veículo.
O nome da operação faz alusão ao modo reprovável de obtenção de lucro, aparentemente utilizado no caso.