O desembargador Fernando Paes de Campos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, revogou a prisão preventiva dos 11 empresários e servidores presos na Operação Malebolge, deflagrada na última terça-feira (18). Eles são acusados de integrar organização criminosa envolvida no desvios de recursos públicos em contratos que superam R$ 10 milhões em Água Clara e Rochedo.
Os 11 foram presos por determinação do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande. O magistrado acatou argumento do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
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Os promotores apontaram uma série de fraudes nos contratos, desvios de recursos na merenda escolar e até comprovantes do pagamento de propina. Entre os presos estavam a secretária municipal de Finanças de Água Clara, Denise Rodrigues Medis, e Fernando Passos Fernandes, filho do prefeito de Rochedo, Arino Jorge (PSDB).
Os advogadso recorreram ao Tribunal de Justiça e obtiveram decisão favorável do relator, desembargador Fernando Paes de Campos. Ele revogou a prisão preventiva dos seguintes acusados pelos desvios:
- Douglas Geleilaite Breschigliari, do D&B Comércio Atacadista de Confecções;
- Izolito Amador Campgna Júnior, da I. A. Campagna Júnior & Cia;
- Mauro Mayer da Silva, da Zellitec Comércio e Serviços;
- Luciana Mendes Carneiro;
- Denise Rodrigues Medis;
- Fabrício da Silva, dono de cyber café em Rochedo;
- Fernando Passos Fernandes;
- Renato Franco do Nascimento;
- Celso Souza Marques;
- E duas servidores da Secretaria de Educação de Água Clara.
Conforme o despacho publicado nesta segunda-feira (24) no Diário Oficial da Justiça, o desembargador concedeu o habeas corpus mediantes algumas cautelares, como monitoramento eletrônico, comparecimento a todas as fases do processo, proibição de frequentar os órgãos investigados e manter contato com outros investigados.