Com Eduardo Riedel (PSDB) favoritíssimo para conquistar a reeleição, as atenções das articulações políticas estão todas voltadas para a disputa das duas vagas ao Senado em 2026. Os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos) terão vida dura para garantir a manutenção de suas cadeiras na Casa Alta.
Nelsinho e Soraya têm como potenciais adversários o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a ministra Simone Tebet (MDB), o deputado federal Vander Loubet (PT), o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) e um postulante do partido da senadora Tereza Cristina (PP). O Progressistas pode ser representado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro, o secretário de Infraestrutura de Campo Grande, Marcelo Migliolli, ou o deputado federal Luiz Ovando. E surpresas podem surgir pelo caminho no campo bolsonarista.
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Como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou apoiar uma candidatura feminina, a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), desponta nas apostas para ser a escolhida. Caso se concretize, a esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) sonharia em repetir o feito de Soraya Thronicke, que em 2018 foi eleita na onda bolsonarista superando o ex-senador Waldemir Moka (MDB) e o ex-governador Zeca do PT, deixando quase todos surpresos.
A posição das peças, entretanto, depende de como estará o tabuleiro, principalmente diante da definição da fusão entre PSDB e PSD, o que ainda pode envolver outro partido, como o MDB. A articulação mexe com dois concorrentes de peso. Como o partido não deve lançar dois candidatos ao Senado, Nelsinho poderia deixar o PSD e disputar a reeleição pelo PL de Jair Bolsonaro.
Reinaldo Azambuja (PSDB) teria a preferência na vaga de senador pelo favoritismo. Nelsinho poderia continuar no partido e fazer dobradinha com o tucano. Outra opção é fazer a dobradinha, mas como aliado de Bolsonaro. Neste cenário, o senador tiraria uma vaga de um bolsonarista raiz, como o ex-deputado estadual Capitão Contar.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), decidiu que vai disputar uma das duas vagas de senador. A candidatura visa reforçar o projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ampliar a base no Senado. A decisão da emedebista pode complicar os planos do deputado federal Vander Loubet (PT).
Simone foi senadora por Mato Grosso do Sul de 2014 a 2022. Ela já foi deputada estadual, prefeita de Três Lagoas por dois mandatos e vice-governadora. Com o eventual retorno ao Senado, a advogada poderia tentar novamente repetir a trajetória do pai, Ramez Tebet, e ser a primeira mulher a comandar o Congresso Nacional.
A candidatura de Simone pode adiar o sonho de Vander disputar o Senado. No 6º mandato de deputado federal, ele vem construindo a candidatura, mas deve abrir mão em prol do projeto de Lula e apoiar Simone.
Após conquistar a Prefeitura de Campo Grande ao reeleger Adriane Lopes (PP), a senadora Tereza Cristina busca ampliar o poderio de seu partido com um correligionário ao seu lado no Senado. Naturalmente, o nome mais forte seria o de Gerson Claro, mas o presidente da Assembleia correria o risco de perder e ficar sem mandato.
Marcelo Migliolli poderia tentar mais uma vez, assim como fez em 2018, quando estava no PSDB e deixar a secretaria de Obras da gestão Reinaldo Azambuja. O deputado federal Dr. Luiz Ovando é outro cotado, mas dificilmente faria frente aos outros nomes de peso, já que entre os colegas só teve mais votos que Rodolfo Nogueira em 2022, ainda mais sem o apoio de Jair Bolsonaro.