O deputado federal Vander Loubet lançou no fim de semana a sua candidatura à presidência do PT em Mato Grosso do Sul. A volta ao comando da sigla no Estado faz parte da estratégia traçada para disputar uma das duas vagas de senador em 2026. No entanto, o parlamentar terá como primeiro desafio unir o partido, já que deverá enfrentar adversários de outras correntes na eleição marcada para 6 de julho deste ano.
Um dos adversários será o atual presidente do diretório regional, Vladimir Ferreira, que busca apoio para disputar um novo mandato. Da corrente CNB, a mesma do tio de Vander, o deputado estadual Zeca do PT, e da deputada federal Camila Jara, ele busca apoio para enfrentar o deputado no pleito do segundo semestre.
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Em encontro da sua corrente, a Resistência Socialista, no último sábado (15), Loubet enfatizou porque deseja presidir o PT. “Não que eu seja o melhor, não que não tenha outro nome para presidir o partido, mas precisamos nesse momento de um quadro e, aí, eu preencho esses requisitos para dialogar de igual para igual com o Governo do Estado, não para chegar lá de calça arriada”, afirmou.
Ele defendeu o diálogo com outras correntes e o fortalecimento da sigla no Estado. “Não vamos passar o rodão”, prometeu. Na última eleição, o PT elegeu 37 vereadores em Mato Grosso do Sul, mas não fez nenhum prefeito.
Uma das principais lideranças do partido no Estado, o deputado estadual Pedro Kemp, defende o consenso. “Estamos trabalhando para que haja um entendimento entre as tendências do partido, em torno de um nome para a presidência que unifique o PT e evite uma disputa interna, que sempre deixa feridas abertas”, destacou.
Atualmente, o partido conta com 56 mil filiados no Estado. O novo presidente terá papel estratégico nas eleições de 2026. Loubet deseja ser candidato a senador para fortalecer a base de Lula (PT) no Senado e traça uma estratégia para ser um dos candidatos do atual governador, Eduardo Riedel (PSDB).
Desde os anos 90, o PT sempre lançou candidato a governador do Estado. Uma das propostas é do partido apoiar a reeleição do tucano e não lançar nome para o Governo em 2026.
Vander já presidi diretório municipal do PT em Campo Grande em 1995 e, no ano seguinte, o partido disputou pela primeira e única vez o segundo turno na disputa da prefeitura da Capital. Ele comandou o Diretório Regional em 2001 e foi decisivo na reeleição de Zeca do PT em 2002.