Com a desistência dos principais nomes, o cientista político Luso de Queiroz (PSOL) é o único nome cotado para enfrentar o governador Eduardo Riedel (PSDB) nas eleições de 2026. Candidato a prefeito da Capital no ano passado, ele passou a ser cortejado por vários partidos para ser candidato a deputado estadual, mas deve continuar no partido para disputar o Governo.
Apesar de ter ficado em 6º lugar na disputa da prefeitura, com 3.108 votos, Luso se destacou pelo discurso na campanha eleitoral e pelas participações nos debates. De forma clara e objetiva, ele conseguiu apontar as contradições dos adversários e apontar os problemas da Capital.
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O psolista contou que teve convites para se filiar ao PDT, PSB e até ao União Brasil, da adversária Rose Modesto, que disputou o segundo turno contra a atual prefeita, Adriane Lopes (PP).
Apesar do assédio, o cientista político, que estará com 31 anos e terá condições de disputar o Governo, não esconde que está disposto a enfrentar Riedel, apesar do favoritismo do atual governador.
Nos últimos meses, os principais adversários do tucano sinalizaram que deverão apoiá-lo em 2026. Deputado estadual, deputado federal, prefeito da Capital e governador do Estado por dois mandatos, André Puccinelli (MDB) vai pleitear uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados.
Sem recursos, ele já subiu no palanque do PSDB no ano passado, quando apoiou o deputado federal Beto Pereira. Na época, um dos pontos negociados foi apoio à candidatura de Puccinelli a um cargo no legislativo.
Com a experiência de ter sido vereadora da Capital, vice-governadora, deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto também vai priorizar uma vaga na Câmara dos Deputados. Em 2018, ela foi a deputada federal mais votada do Estado.
Adversário de Riedel em 2022, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) tem garantido que não será candidato a governador e ainda vai seguir a orientação de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente está fechado com o atual governador e com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Aliás, o sonho é contar com Riedel no PL para disputar a reeleição.
O PT anseia por um sonho quase impossível, ter o apoio de Riedel à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidatura a senador do deputado federal Vander Loubet. Em troca, a sigla não terá, pela primeira vez, candidato próprio ao Governo.
O PP da senadora Tereza Cristina (PP) deverá retribuir o apoio do tucano à reeleição de Adriane Lopes (PP) na Capital e não lançar nenhum candidato a governador.
Além do PSOL, partidos nanicos de esquerda e de direita podem tentar melar o plano do PSDB de chegar ao 4º mandato consecutivo em MS.