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Presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, realizou uma reunião secreta no fim de semana em Campo Grande para convencer o governador Eduardo Riedel (PSDB), e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a aceitar a incorporação do PSDB pelo seu partido. O objetivo é unir as duas siglas sem perder os atuais deputados federais.
Essa é apenas uma das propostas em negociação nos bastidores da política nacional. O PSDB também discute outros caminhos, como a fusão com o MDB ou a criação de uma grande federação. As articulações incluem ainda o Cidadania, o Republicanos e o Solidariedade.
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Os caciques tucanos buscam um meio de reverter a decadência do PSDB. Após comandar o Brasil por dois mandatos nos anos 90, com Fernando Henrique Cardoso, os tucanos caminham para a extinção e as lideranças buscam um meio de sobrevivência em meio a polarização entre os petistas, com Luiz Inácio Lula da Silva, e o bolsonarismo, com o PL de Jair Bolsonaro.
Forte em Mato Grosso do Sul, com o comando do Estado e 44 prefeituras, o PSDB perdeu espaço em nível nacional, com menos recursos do Fundo Especial das Eleições, o Fundão, e de televisão no horário eleitoral gratuito.
Apesar de estar em ascensão na política nacional, ao tomar o lugar no MDB no número de prefeitos, o PSD procura um meio de se fortalecer diante dos outros partidos do Centrão, como o PP, de Arthur Lira, e o próprio PL.
Fortalecido, o PSD pode impor o nome do candidato a presidente da República ou candidato a vice na chapa de Lula, que tentará a reeleição em 2026, ou de um nome indicado por Bolsonaro.
Com esse objetivo, ele veio a Campo Grande para uma reunião secreta na casa de Riedel no último sábado, segundo o jornal Correio do Estado. Ele pediu o apoio do governador e do presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja, para avançar com a proposta de incorporação do PSDB. Neste cenário, os tucanos desapareceriam em nível nacional e as duas lideranças em MS ganhariam estrutura financeira, tempo de TV e poder de negociação ao assumir o comando do PSD no Estado.
A incorporação poderia enfraquecer o senador Nelsinho Trad (PSD), atual presidente regional do partido. Apesar de ser próximo dos tucanos, ele pode ficar sem legenda para disputar a reeleição, já que Reinaldo é o favorito e poderia buscar dobradinha com outro partido para garantir a reeleição tranquila de Riedel.
A expectativa é de que os primeiros acordos começam a ser colocados em prática em março e comecem a desenhar a nova configuração partidária no Brasil. Riedel prevê uma grande redução no número de partidos e o desaparecimento de outros, inclusive do PSDB.
O governador tem convites para se filiar ao PSD, PP, União Brasil e PL. Só não teve convite do PT.