Mário Pinheiro – Falta raciocínio, reflexão e entendimento na inexistente filosofia de vida do presidente americano. Expulsar os habitantes de Gaza para Jordânia, Egito e outros países árabes, é a lógica descabida de razão de Donald Trump diante do sorriso xoxo do primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu. Não há sustentação internacional e muito menos da ONU.
Os moradores de Gaza, mais de dois milhões, que voltaram para o lugar onde havia o lar, hoje só tem escombros, concretos retorcidos, destruídos e com possíveis vítimas soterradas, é ainda o sonho do expropriado.
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O primeiro ministro israelense, Netanyahu, apesar do mandado de prisão expedido pela corte penal internacional (CPI) por crimes contra a humanidade, esteve nos Estados Unidos a convite do presidente americano Trump. Os dois personagens não reconhecem a CPI. Entretanto, crimes de guerra ou contra a humanidade, como define a corte, fazem parte do menu destes dois países.
Trump é uma máquina de assinar decretos e a corte internacional faz parte de suas obsessões. Ele afirma que quer “tomar o controle” da faixa de Gaza e expulsar os palestinos. A intenção pura e simples é a limpeza étnica, mais ou menos ou que quis fazer Hitler com os judeus. Esta limpeza pode também ser chamada de genocídio.
E por falar de judeus, o estado de Israel foi criado após a 2ª Guerra Mundial com total aval da ONU, cujo órgão apareceu em outubro de 1945. Israel quer acompanhar os Estados Unidos na saída do conselho de direitos humanos da ONU.
Em bom português, isso significa cuspir no prato em que comeu. O objetivo, primeiramente americano, é cortar todo envio de verbas que se dirige aos refugiados palestinos. Se o leitor for inteligente, verá que o ódio corre pela tinta da caneta.
Trocando em miúdos, se os dois países não reconhecem a corte penal internacional e se retiram da comissão de direitos humanos da ONU, isso fortalece a ânsia pelos crimes de guerra.
Até mesmo o ex-presidente Joe Biden julgou improcedente e escandaloso o mandado de prisão do primeiro ministro israelense e isso era tudo o que esperava Netanyahu, o apoio da maior potência. Mas se ele pisar em algum país membro da CPI, o mandado está em vigor e ele vai preso pra responder pelos crimes contra a humanidade cometidos contra os habitantes da faixa de Gaza.
Mas tudo é negócio no mundo da política internacional. Os Estados Unidos é o país com mais judeus, talvez mais que Israel, e o objetivo de manter esta aliança é o petróleo dos países árabes vizinhos. Os americanos podem até comer mal, serem obesos pela má alimentação, mas o petróleo é mais importante que a água.
Para resumir, brasileiro que se rasteja, lustra e lambe botas de americano, depois desfila com a bandeira de Israel numa passeata evangélica, não vale o que come.