Última a discursar e antes do início da votação, a senadora Soraya Thronicke (Podemos) retirou a candidatura à presidência do Senado. Isolada e sem apoio, ela não repetiu o feito da colega, Simone Tebet (MDB), única mulher na história a disputar o comando do Congresso Nacional em 2021.
A senadora sul-mato-grossense chegou a discursar como candidata a presidente. Na tribuna, ela disse que a renúncia é “uma estratégia” e “um ato de coragem”. Na avaliação da parlamentar, o recuo é necessário, às vezes, para dar vários passos a frente.
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Em seu discurso como candidata, a senadora defendeu que o Senado se aproxime mais da população brasileira. E cobrou maior representatividade feminina nas mesas legislativas do País, ao lembrar que nunca uma mulher presidiu o Senado ou a Câmara dos Deputados.
Soraya destacou o fato de que a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) será a primeira mulher a ocupar a Primeira-Secretaria da Casa. A senadora também pregou maior equilíbrio entre os Poderes, “pois a democracia e as instituições são maiores que as narrativas”.
“A instituição Senado precisa estar acima de cada um de nós aqui”, declarou, conforme a Agência Senado.
O senador Marcos do Val, também do Podemos e eleito na onda bolsinarista no Espírito Santo, também renunciou à candidatura. Com a decisão dos dois candidatos, o Podemos ficou sem nenhum senador na disputa.
Apesar de não ter apoio, os senadores Astronauta Marcos Pontes (PL), de São Paulo, e Eduardo Girão (Novo), do Ceará, mantiveram a disposição de enfrentar Davi Alcolumbre (União Brasil), do Amapá. Ele foi para a disputa com o apoio declarado de 76 dos 81 senadores.