Apesar de não ter o apoio nem dos cinco senadores do Podemos, a senadora Soraya Thronicke (Podemos) mantém a candidatura à presidência do Senado. Ela vai enfrentar outros quatro candidatos e o favoritismo do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), do Amapá, que conta com o apoio declarado de 76 dos 81 senadores, segundo o site Poder 360.
Em primeiro mandato e eleita na onda bolsonarista em 2018, Soraya decidiu ser candidata na esperança de fazer história e ser a primeira mulher na história a presidir a Casa Alta do Congresso Nacional.
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Ela será a segunda mulher a tentar esse tento. Em 2021, Simone Tebet (MDB) desafiou o favoritismo de Rodrigo Pacheco (PSD), de Minas Gerais, e conseguiu o apoio de 21 senadores. Na ocasião, a emedebista também não teve o apoio do próprio partido, mas saiu com o aval dos independentes.
Agora, Soraya sai candidata e corre o risco de obter apenas o próprio voto. Dos seis senadores do Podemos, Marcos do Val também é candidato. Outros três apoiam Alcolumbre e um está indeciso.
Nem os colegas de Mato Grosso do Sul no Senado, Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) apoiam Soraya. Eles devem seguir a orientação dos respectivos partidos e votar no senador do Amapá.
Caso seja eleita presidente do Senado, a senadora sul-mato-grossense diz que vai buscar paridade na mesa do parlamento, respeitar a distribuição de emendas e de cargos e cumprir os acordos.
“Travar o país, nunca. Ameaçar passar a anistia do 8 de Janeiro, nunca”, prometeu, mantendo a artilharia contra os bolsonaristas, que defendem o perdão dos condenados pela invasão e depredação dos prédios dos três poderes nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Também estão na disputa Marcos Pontes (PL), de São Paulo, e Eduardo Girão (Novo), do Ceará. O senador paulista é pressionado por Jair Bolsonaro a retirar a candidatura para cumprir o acordo de apoiar a eleição de Alcolumbre. Sem apoio, há expectativa de que Soraya poderá não registrar a candidatura. A eleição do novo presidente do Senado acontece no sábado.