Pesquisa do Instituto de Pesquisas Resultado (IPR) encomendada pelo jornal Correio do Estado aponta que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disparou em Campo Grande. O levantamento ocorreu no calor da polêmica gerada pela norma com mudanças na fiscalização do Pix, que acabou revogada, mas a rejeição também pode ser creditada à alta na inflação e ao dólar acima de R$ 6.
A pesquisa ouviu 412 moradores da Capital, com 16 anos ou mais, entre segunda-feira (20) e quarta-feira (22). A margem de erro considerada é de 4,9 pontos porcentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. O método utilizado foi por conglomerados e com amostragem aleatória simples.
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O IPR informa que 68,93% dos entrevistados disseram que reprovam a administração do presidente Lula, enquanto apenas 26,70% falaram que aprovam. Já outros 4,37% não souberam ou não quiseram responder.
Além disso, 47,82% dos entrevistados avaliaram a gestão de Lula como péssima, 9,47% como ruim, 25% como regular, 10,44% como boa, e 5,58% como ótima, enquanto 1,7% não soube ou preferiu não responder.
O levantamento também questionou os entrevistados sobre a fiscalização do Pix pela Receita Federal. Disseram ser contra 79,85% dos ouvidos, enquanto 9,22% disseram que são indiferentes sobre o assunto e outros 4,13% falaram que são a favor. Já outros 6,80% não souberam ou não quiseram responder.
Outro questionamento foi se o entrevistado acredita que o Governo Federal poderá taxar e fiscalizar o Pix ou é apenas uma fake news.
Na avaliação de 52,67% dos entrevistados, a resposta foi que mais para frente o presidente Lula vai taxar e fiscalizar o Pix. Já para 23,06% dos entrevistados Lula taxaria o Pix, mas voltou atrás, enquanto 14,32% falaram que essa informação não passa de uma fake news. Outros 9,95% não souberam ou não quiseram responder à pergunta.
Apesar de diferenças de metodologia, mas apenas para efeito informativo. Pesquisa realizada pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência, entre os dias 1º e 8 de dezembro de 2024, ouviu 3 mil pessoas distribuídas por 30 municípios, sendo 1.242 em Campo Grande, já apontava a tendência no aumento da reprovação à gestão Lula em Mato Grosso do Sul.
Conforme o levantamento, a gestão de Lula divide o Estado, enquanto 47,80% aprovam, outros 47% desaprovam, enquanto 5,20% não souberam responder ou estão indecisos. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.
Ao longo do ano passado, o presidente da República viu a desaprovação subir no Estado e empatar com a aprovação, que registrou queda.
Os números refletem os resultados da eleição municipal, onde o presidente não foi disputado pelos candidatos. Em Campo Grande, com exceção de Camila Jara (PT), os demais candidatos tentaram se dissociar do petista e até houve uma disputa entre Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil) para colar na outra quem era mais lulista.