Cada deputado federal de Mato Grosso do Sul teve o direito a utilizar R$ 1,373 milhão com verba de gabinete até novembro do ano passado. Quase todos ultrapassaram a barreira dos 90% do montante disponível e somaram R$ 10,330 milhões. A única exceção foi Rodolfo Nogueira (PL), que gastou ‘apenas’ R$ 1 milhão do total que poderia, o que representa 72,85%.
Com décadas de mandatos nas costas, Dagoberto Nogueira (PSDB), Vander Loubet (PT), e Geraldo Resende (PSDB) se destacam no topo dos que mais usaram a verba, na casa do R$ 1,3 milhão. Em seu segundo mandato, Beto Pereira (PSDB) também integra a seleta lista, assim como o novato Marcos Pollon (PL). Camila Jara (PT) e Dr. Luiz Ovando (PP) vem logo atrás, com R$ 1,2 milhão cada.
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Segundo o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, cada parlamentar tem R$ 125.478,70 por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham para mandato, em Brasília ou nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados, com salários de R$ 1.492,60 a R$ 17.638,64.
Da verba disponível até novembro, Dagoberto foi o que mais teve gastos, com 1.369.736,10 (99.75%). O tucano é seguido pelo petista Vander, que despendeu R$ 1.367.772,91 (99.61%), e pelo correligionário Beto Pereira, com R$ 1.362.365,39 (99.21%). Geraldo Resende vem na sequência, ao registrar R$ 1.347.546,33 (98.13%) em despesas de gabinete.
Da turma acima, Vander e Geraldo vão completar 24 anos como deputados federais ao fim desta legislatura, a sexta da dupla. Ambos empregam em seus gabinetes 23 e 22 funcionários, respectivamente. Dagoberto vai completar seu quarto mandato, ou seja, 16 anos como congressista, e garante emprego a 38 pessoas, enquanto Beto, 35.
Em 2024, Marcos Pollon completou seu segundo ano do primeiro mandato. O bolsonarista gastou R$ 1.310.449,27 (95.43%) com gabinete até novembro. Camila Jara e Luiz Ovando têm a mesma experiência do colega, e tiveram despesas de R$ 1.296.634,52 (94.43%) e R$ 1.275.206,37 (92.87%), cada. Os três empregam 26, 20, e 18 funcionários respectivamente.
Último da lista, Rodolfo Nogueira, que tem a alcunha de “o Gordinho do Bolsonaro”, foi mais econômico, com despesas de R$ 1.000.308,11 (72.85%) no gabinete, que possui 34 pessoas.
Vale destacar que a verba de gabinete é diferente da cota parlamentar, da qual os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul gastaram R$ 4,085 milhões no ano passado. Desta segunda, Dagoberto Nogueira também foi o líder em despesas, com R$ 569,5 mil.
Deputados | Verba de gabinete até 11/2024 |
Dagoberto Nogueira (PSDB) | R$ 1.369.736,10 |
Vander Loubet (PT) | R$ 1.367.772,91 |
Beto Pereira (PSDB) | R$ 1.362.365,39 |
Geraldo Resende (PSDB) | R$ 1.347.546,33 |
Marcos Pollon (PL) | R$ 1.310.449,27 |
Camila Jara (PT) | R$ 1.296.634,52 |
Dr. Luiz Ovando (PP) | R$ 1.275.206,37 |
Rodolfo Nogueira (PL) | R$ 1.000.308,11 |
Fonte: Câmara dos Deputados