Mário Pinheiro, de Paris – O sujeito que não aprendeu, ignorou ou fugiu da escola por falta de persistência, nega fatos importantes que concernem a história do imperialismo americano e sua ingerência em países que antes eram considerados do terceiro mundo. Este tipo de pessoa vira servil, sabujo da corte, não compreende, por pura incapacidade e por achar que o país do Tio Sam é sempre melhor.
Infelizmente, a pessoa se torna lambe-botas ao defender a potência que impõe suas regras democráticas duvidáveis a preço de trapaça, opressão e conluios dos mais sujos. Por muitas décadas a América latina e central era terreiro de jogatina, de juntas militares, golpes de Estado fomentado por oficiais da CIA que escolhiam a dança das cadeiras nos palácios presidenciais.
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Os golpes militares faziam fila entre um país e outro, enquanto para o povo que se achava moderado e a procura de cultura, vinhas os filmes enlatados que invadiam a sala. O complexo vira-lata entra na vida do brasileiro que se acha “americanista” por saber fritar o bife estufado de hormônio, devora as batatinhas com os dedos gordurosos, lambe em seguida e diz “yes” misturado num arroto fervido de Coca-Cola.
Se as promessas do presidente Donald Trump se cumprirem, vários aviões chegarão ao Brasil abarrotados de imigrantes ilegais, de fugitivos da justiça brasileira, que por hora dormem e não sabem se o dia seguinte ainda vão rasgar o inglês macarrão entre os dentes mascando a saliva do velho cowboy.
O problema não é somente ser incosciente da realidade geográfica, histórica e política, porque pior é a ignorância de quem dá tudo para estar presente na posse do novo presidente que deseja resgatar a identidade imperialista para anexar o Panamá, a Groenlândia e o Canadá. Os deputados bolsonaristas querem marcar presença, e não é viagem oficial, porque quem representa o Brasil é o embaixador.
O passaporte do ex-presidente vai continuar retido e a ida de Bolsonaro, que não possui cargo parlamentar e nem é síndico nem presidente do prédio onde mora, vai ver a posse pela televisão. Ele não vai, e não entende, como um menino birrento que agarra na saia da mãe e exige que ela compre aquela bola de plástico colorida pra jogar no peladão.
No Brasil há sabujos que agem como cães desorientados a procura de atenção, por isso lambem a mão do presidente americano. O complexo vira-lata não atinge os bastardos porque, longe de qualquer aula acadêmica de política ou filosofia, eles preferem um coice dado por um americano, defender bandeiras em terras ianques do que ver a justiça social brasileira alcançar a população desguarnecida e faminta.
O multibilionário que domina a viagem espacial, Elon Musk, doou 250 milhões de dólares para ajudar na eleição de Trump, e agora vira ministro. Se ele tivesse a mesma abertura e riqueza de espírito, ajudaria na cura de milhões de pessoas sem acesso a saúde, facilitaria a inclusão de crianças na educação e também faria um algo em prol de populações que morrem de fome e sede.
Mas é mais fácil aniquilar o miserável pra sorrir com o apoio dos vira-latas. Trump não vai preso pelos crimes financeiros pelo envolvimento com a atriz pornô Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels.
O romance de Jean Paul Sartre, a prostituta de respeito volta à tona. Para Sartre, ela tinha a faca e o queijo na mão, mas por ser pobre, teve de aceitar o suborno do senador. No caso de Trump, é diferente. Ele comprou o silêncio dela, mas ela é rica. Ainda assim, os vira-latas desejam apertar a mão do arrogante.