O ex-vereador bolsonarista Tiago Henrique Vargas (PP) ganhou um cargo com salário de R$ 15 mil na gestão de Adriane Lopes (PP). Ele é o 6º derrotado nas urnas a ser contemplado na equipe da progressista. Famoso por criticar corruptos no passado, ele vai ser assessor especial do secretário municipal de Articulação Regional, Darci Caldo, condenado a 19 anos por corrupção quando era secretário municipal de Governo em Dourados.
Vargas ganhou fama por criticar corruptos e inclusive foi demitido da Polícia Civil na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), a quem acusa de perseguição política. Ao ser antagonista do tucano, ele ganhou notoriedade e foi campeão de votos na primeira eleição como vereador da Capital em 2020.
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Em decorrência da demissão, o bolsonarista ficou inelegível e não conseguiu assumir o mandato de deputado estadual em 2022, apesar de ter obtido mais de 18 mil votos. O ex-secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto (PSD), herdou a vaga na Assembleia Legislativa.
Tiago Vargas permaneceu inelegível, mas conseguiu concorrer ao novo mandato. Ele conseguiu 2.898 votos e não foi reeleito.
No entanto, vai ter do que reclamar. Nomeado por Adriane como assessor especial DCA-1 com salário de R$ 5.049,95, mas com direito a gratificação que pode chegar a 200% do subsídio.
A prefeita retribuiu a lealdade de Vargas. Apesar de ser bolsonarista, ele abandonou o ex-presidente após Bolsonaro optar pela candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) no primeiro turno. Durante a campanha, Tiago chegou a se aliar ao ex-coach Pablo Marçal (PRTB) e criticou Bolsonaro.
Ele é o 6º candidato derrotado nas urnas a ganhar cargo na prefeitura. O ex-vereador Youssif Domingos (MDB) foi nomeado secretário municipal de Governo. O médico Sandro Benites (PP) assumiu o comando da Fundação Municipal de Esportes, apesar de protestos de dirigentes esportivos. O ex-vereador Paulo Lands (Avante) foi nomeado como secretário executivo da Juventude.
O ex-vereador Valdir Gomes (PP) assumiu a Secretaria Executiva da Cultura, enquanto Angélica Fontanari (PP) ganhou o cargo de secretária executiva da Mulher.
Sobre Darci Caldo, o secretário recorreu contra as duas condenações. Em um processo, o Tribunal de Justiça declinou competência para a Justiça Eleitoral. A outra aguarda julgamento do TJMS.