Dirigentes partidários discutem várias hipóteses para reinventar o sistema político visando as eleições de 2026. Uma das possibilidades é uma mega fusão ou federação que poderá unir o MDB, PSDB, PSD, PP, União Brasil e Republicanos. Essa possibilidade poderia colocar adversários históricos e recentes no mesmo palanque em Mato Grosso do Sul.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, disse que há várias tratativas em andamento, como a fusão do seu partido com o PSDB. Neste cenário, os ex-governadores André Puccinelli (MDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) voltariam a ser aliados, como foram até o tucano assumir o Governo em 2014.
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Essa conversa conta com o ex-presidente da República, Michel Temer, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o governador do Pará, Helder Barbalho, e o líder da bancada na Câmara, Isnaldo Bulhões Jr. (AL), o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, e o ex-governador do Paraná, Beto Richa.
Além das tratativas MDB-PSDB, o partido de Baleia Rossi também avalia uma federação com o PSD para fazer frente a uma possível união de partidos do centrão.
Trata-se de uma superfederação que uniria o PP de Arthur Lira (AL) e Ciro Nogueira (PI) ao União Brasil de Davi Alcolumbre (AP) e ao Republicanos de Hugo Motta (PB) -esses dois últimos, os respectivos favoritos para comandar Senado e Câmara a partir de fevereiro.
Caso formada, essa federação teria como objetivo unir forças para ter mais influência no Congresso e nos estados, além de ampliar o poder de barganha com o governo federal.
Essa superfederação uniria em MS, por exemplo, as duas adversárias do segundo turno na Capital, a prefeita Adriane Lopes (PP) e a ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), o governador Eduardo RIedel (PSDB), o senador Nelsinho Trad (PSD), o vice-governador Barbosinha (PSD), e a senadora Tereza Cristina (PP).
Ao se federarem, os partidos são obrigados a atuar em conjunto no Legislativo e nas eleições por ao menos quatro anos.
Há atualmente três federações aprovadas em 2022 com vigência até pelo menos o primeiro semestre de 2026 -1) PT, PC do B e PV, 2) PSDB e Cidadania e 3) PSOL e Rede.
As articulações devem deixar claro para o eleitor que a democracia serve para isso e que não vale apena brigar por política. Amigos hoje podem ser adversários amanhã, assim como inimigos podem ser aliados. E besta vai ser quem brigar por isso.