Empresários e servidores públicos acusados de desviar R$ 6,314 milhões do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian vão a julgamento no dia 12 de março de 2025. A audiência de instrução faz parte da ação de improbidade administrativa derivada da Operação Reagente, deflagrada pelo Ministério Público Estadual em novembro de 2018.
A data foi marcada pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, em decisão publicada no Diário Oficial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul de 19 de dezembro.
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Vão a julgamento o ex-secretário especial do Estado, Marcus Vinicius Rossetini de Andrade Costa, e o ex-coordenador de licitações, José Roberto Scarpin Ramos, e os empresários Luiz Antônio Moreira de Souza e Michaela Ximenes Castellon, da Neo Line Produtos e Serviços Hospitalares, e Carlos Almeida Araújo e Mauro Raup Estrela, da Lab Pack Produtos Hospitalares.
O promotor Adriano Lobo Viana de Resende acusou desvio de R$ 2,817 milhões no pregão 073/2016 e de R$ 3,497 milhões no 076/2016. Dois pontos fundamentais levaram a Justiça a aceitar a nova denúncia contra o ex-superintendente de Compras, o ex-coordenador de licitações e os quatro empresários.
Na licitação para adquirir reagentes para o equipamento Dimension RXL, Ramos teria determinado a mudança nos preços da Medcomerce, que eram menores, para maiores e justificar a vitória da Neo Line (Novos Ciclos).
O segundo ponto foi que o Governo do Estado concluiu a licitação no dia 9 de setembro de 2016 e firmou termo aditivo no mês seguinte, no dia 6 de outubro, para elevar o valor do contrato firmado com a empresa de Luiz Antônio e Michela.
No fim do ano passado, o Governo do Estado pediu acesso aos documentos para investigar a empresa envolvida no suposto desvio de R$ 6,3 milhões do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian.