O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) espera contratar por até R$ 7,640 milhões uma empresa para elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia das obras de restauração e duplicação da BR-262, entre Campo Grande e Terenos. O aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial da União de quinta-feira, 19 de dezembro.
As construtoras interessadas já podem apresentar suas propostas e a sessão pública de abertura das ofertas ocorre no dia 12 de fevereiro de 2025, às 10h (DF). O valor total da licitação é de R$ 7.640.115,25, com prazo de execução de 480 dias corridos e 660 dias de vigência do contrato, estabelecidos no termo de referência anexo ao edital.
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O trecho da BR-262 a ser duplicado tem 42,64 quilômetros, com início no entroncamento da BR-163 (Campo Grande – rotatória da saída para São Paulo), seguindo pelo anel rodoviário da capital sul-mato-grossense cruzando a saída para Sidrolândia até o Indubrasil, depois vai até o entroncamento da MS-352/355 em Terenos.
Os R$ 7,640 milhões da licitação são referentes apenas para a elaboração dos projetos. As obras em si devem custar mais de R$ 200 milhões, tendo em vista a necessidade de diversos viadutos no trecho elaborado.
O DNIT prevê ainda construção de três viadutos de acesso a Terenos, um viaduto no entroncamento da BR-060 na saída para Sidrolândia na Capital, outro sobre linha férrea, e uma ponte sobre o córrego Imbirussu no contorno de Indubrasil.
A justificativa para os empreendimentos é de que a BR-262 em Mato Grosso do Sul é relevante “como corredor de escoamento logístico de interseção entre a BR-163/MS e BR-060/MS”, diz o DNIT.
As obras de duplicação da BR-262 estavam previstas para fazerem parte do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2023, em que estima investimentos de R$ 44,7 bilhões em Mato Grosso do Sul.
A obra ficou de fora porque ainda serão feitos estudos para saber qual vai ser o modelo de concessão a ser adotado e como a duplicação será feita.
Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental realizado pelo DNIT em 2018 apontava que a BR-262 precisava da terceira faixa e serviços de manutenção. Desde então, a implantação da nova fábrica em Ribas do Rio Pardo e inviabilidade de navegabilidade no Rio Paraguai fizeram com que o volume de veículos aumentasse significativamente.