Filiado ao PSDB há 19 anos, Eduardo Riedel pretende esperar o desfecho sobre o futuro da sigla, que pode ser a fusão ou a formação de federação com outros partidos. Enquanto os tucanos avaliam os caminhos do futuro, o governador de Mato Grosso do Sul tem o convite de cinco partidos: PL, PP, União Brasil, PSD e Podemos.
Com a administração aprovada por 82% dos sul-mato-grossenses, segundo pesquisa do Instituto Ranking Brasil Inteligência, realizada entre os dias 1º e 8 deste mês, o tucano não vê obstáculos para a reeleição em 2026.
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Na sexta-feira (6), durante entrevista exclusiva ao O Jacaré, o governador descartou os boatos de que estaria de malas prontas para desembarcar no PL a convite do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não tem nada disso”, enfatizou Riedel.
De acordo com o governador, o compromisso firmado com Bolsonaro, inclusive pelo presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja (SPDB), foi apenas de fortalecer o Partido Liberal em Mato Grosso do Sul. Em troca do apoio do partido a candidatura a prefeito da Capital do deputado federal Beto Pereira (PSDB), os tucanos procurariam meios de fortalecer a sigla de Bolsonaro no Estado.
Sobre a saída do PSDB, o governador tem expectativa de uma grande reforma política e partidária, que deverá reduzir o número de partidos no País, dos atuais 30 a 33 para algo em torno de 10 a 12 siglas. “A fusão é o caminho”, acredita, sobre o futuro do PSDB, que vem conversando neste sentido com o MDB, PP, PSD, Solidariedade e Cidadania.
Um dos problemas do PSDB é esvaziamento na Cãmara dos Deputados, critério usado para definir verba do fundo partidário e eleitoral e do tempo do horário eleitoral no rádio e na televisão. Dentro desta perspectiva, o governador não deverá disputar a reeleição pelo PSDB.
Mesmo com Riedel pedindo cautela, ele vem sofrendo assédio de dirigentes de outros partidos. “Temos convites de vários partidos, como PL, PP, União (Brasil), PSD e Podemos”, revelou.
O União Brasil é presidido no Estado pela ex-deputada federal Rose Modesto, que perdeu a prefeitura da Capital por uma diferença mínima para a atual prefeita, Adriane Lopes (PP), que teve o apoio do governador.
Até o Progressistas, comandada pela senadora Tereza Cristina, sonha em contar com Riedel em seus quadros. Ele ainda tem convites dos partidos de dois senadores, Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos), que vão concluir o mandato em 2026 e precisam de apoio para disputar a reeleição.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já conversou com Riedel e até filiou o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Jaime Verruck, com o aval de Riedel.