A vereadora Luiza Ribeiro (PT) detonou a reforma administrativa proposta pela prefeita Adriane Lopes (PP), que vai manter o mesmo número de 15 secretarias, mas vai extinguir as pastas da Juventude, Cultura, Mulheres e Meio Ambiente. “Extinguir secretarias essenciais é um retrocesso que compromete políticas públicas fundamentais para a população”, criticou a petista.
Outro problema do projeto encaminhado pela progressista é que não define o papel a ser desempenhado por cada secretaria. Há o risco, por exemplo, de duas novas secretarias, da Casa Civil e Articulação Regional, desempenharem o mesmo papel já realizado pela Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais.
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Outra proposta polêmica foi acabar com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) justo no momento em que o mundo discute medidas para combater o aquecimento global e minimizar os impactos.
Luiza quer impedir a criação de duas secretarias, a da Casa Civil e outra de Articulação Regional. Na mesma linha, o vereador André Luís Soares Fonseca, o Professor André Luís (PRD), avaliou que Adriane está criando secretarias aleatórias e políticas. “Precisamos resolver problemas sérios e não cirando secretarias de faz de conta”, detonou o parlamentar.
A petista destacou que recursos e esforços devem ser concentrados em áreas que impactam diretamente a vida dos cidadãos, sendo que essas secretarias não realizariam qualquer atividade fim ou de políticas públicas.
Professor André e Luiza avaliam que a prefeitura deveria manter as pastas de Cultura e Turismo, que são atividades importantes. “É um atropelo”, lamentou o vereador. Ele afirmou que a reforma administrativa cobrada pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público é para reduzir os cargos comissionados, não criar pastas sem necessidade.
A vereadora vai apresentar emendas para manter as secretarias do Meio Ambiente e da Cultura e a Subsecretaria das Mulheres. No entanto, a proposta vai precisar se aprovada pela Câmara Municipal, onde a prefeita tem maioria.
Por outro lado, Professor André Luís lamentou que esse foi o projeto aprovado pela população nas urnas. “Fico mais chateado, mas ela foi eleita, quem escolheu a cobra, que prove o seu veneno. É ruim, está demonstrando de novo que é ruim”, alfinetou o parlamentar, que tentou ser candidato a prefeito, mas foi rifado pela cúpula do partido na convenção municipal.